O ministro dos Antigos combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, defendeu hoje, quinta-feira, a necessidade de concluir-se a fase do recenseamento dos antigos combatentes.
O governante que discursava na abertura do XVIII Conselho Consultivo do Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria que decorre, em Luanda, disse igualmente que se deve começar a criar condições para se dar inicio ao recenseamento dos veteranos da pátria que, nos termos da Constituição da República de Angola, também gozam de protecção especial do Estado e da sociedade angolana.
“ Neste domínio, temos também que envidar esforços no sentido de modernizar o sistema de recenseamento, criando uma base de dados segura e credível que contribua no controlo de todos quantos estejam inseridos no sistema de protecção especial reconhecido aos antigos combatentes”, frisou.
Para João Ernesto dos Santos “ Liberdade” , com vista a melhorar a organização do Ministério dos Antigos Combatente e Veteranos da Pátria, é necessário que se comece por reorganizar as mentes, mudar a forma de ver, de sentir e pensar o país.
Para se cumprir com este desiderato é preciso que a capacidade de imaginação e criatividade de cada membro do sector ultrapasse o conformismo e as rotinas do dia a dia.
Na ocasião reconheceu ser exígua a pensão atribuída aos antigos combatentes, deficientes de guerra e familiares de combatentes tombados ( 23 mil Kwanzas), e consequentemente incompatível com o custo de vida actual.
A assistência médico-medicamentosa continua a ser um problema por resolver, apesar dos esforços que o Executivo vem fazendo através do departamento ministerial competente.
O governante lamentou o facto de alguns assistidos acabarem por morrer por não encontrarem a assistência médica e medicamentosa à tempo e hora.
No âmbito habitacional, salientou que há assistidos que beneficiaram de habitações nas diversas localidades, mas que hoje debatem-se com o problema de pagamento da renda resolúvel e do imposto predial, visto que não dispõem de recursos financeiros para suportarem tais despesas.
Advogou a necessidade de se prestar apoios em termos de orientação e formação técnico-profissional para a reintegração dos antigos combatentes, que pode ser feito por via do fomento do empreendedorismo, do cooperativismo, criação de oficinas protegidas, auto-emprego e outras formas económicas susceptíveis de proporcionar condições materiais sustentáveis para o bem-estar comum.
O Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria tem inscritos actualmente 160 mil 542 assistidos entre antigos combatentes, deficientes físicos de guerra, órfãos, viúvas, ascendentes e acompanhantes.
Participam no Conselho Consultivo, que decorre sob o lema “ reforçar a organização do sector para dignificar o antigo combatente e o veterano da pátria”, directores nacionais, provinciais, técnicos , consultores e entidades convidadas. (Angop)