A social-democrata explicou, no programa ‘Política Mesmo’, da TVI 24, que Centeno podia ter tido outra atitude.
Manuela Ferreira Leite analisou as medidas do Governo para que a meta do défice fique abaixo dos 3%, como previsto, e acredita que o novo ministro das Finanças, Mário Centeno, tomou a decisão mais acertada.
“Acho que o ministro fez bem porque o país está acima das guerrilhas partidárias. A tentação de um ministro que chega seria exatamente a contrária”, explicou, mostrando que este podia ter pago todas as despesas que havia para pagar e prejudicar o défice.
Contudo, a social-democrata garante que estas medidas “fazem parte de uma gestão normal que muitas vezes se faz no final do ano e que provavelmente já vinha a ser feito ao longo de algum tempo”. “Novas medidas seria se houvesse aumento de impostos, ou se houvesse cortes na despesa que implicasse quaisquer tipos de paralisações”, completa.
“Admito que o governo anterior estivesse a fazer essa travagem com mais força porque estava a apontar para os 2,7%”, contudo revela que a posição do atual Governo foi acertada, para o bem do país.
“Acho que é útil para o país que [o défice] fique abaixo dos 3%, nem que seja só por uma décima. Porquê? Porque é o suficiente para não sermos considerados como tendo défices excessivos, e isso significa que temos alguma maleabilidade nalguns tipos de despesas”, esclarece, mostrando que é positivo para a visão da Europa em relação ao país. (Noticias ao Minuto)