
O Vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, garantiu nesta quinta-feira, em Luanda, que Angola está aberta à cooperação com Moçambique nos vários domínios.
A informação foi prestada pelo embaixador extraordinário e plenipotenciário da República de Moçambique, Santos Álvaro, acreditado no mês passado, no final de um encontro de cortesia com Vice-presidente da República de Angola.
Santos Álvaro disse ter recebido garantias de que “as portas estão abertas para os empresários dos dois países continuarem a cooperar e criar boas condições de vida para as respectivas populações”.
Valorizou as históricas relações entre Angola e Moçambique, primeiro na luta contra o colonialismo, depois pela paz e agora juntos no combate à fome e pelo desenvolvimento económico.
Anunciou a vinda a Angola de uma missão empresarial moçambicana na próxima semana para estudar com as autoridades angolanas a constituição de uma empresa de distribuição de gás doméstico canalizado.
De acordo com o embaixador, “Angola tem gás, mas que ainda não chega a todos os lares, daí a necessidade de criação de uma parceria aproveitando a experiência moçambicana”.
Salientou que as oportunidades de cooperação entre os países alargam-se com à descoberta de hidrocarbonetos em Moçambique.
Atesta que foram descobertas grandes quantidades gás na fronteira com a Tanzânia, tendo sido delimitados os marcos fronteiriços, dirimindo eventuais conflitos.
Disse também que decorre um estudo de viabilidade para a criação das plataformas de exploração do gás, sobretudo, para sua transformação em gás liquifeito.
De acordo com Santos Álvaro, as autoridades querem que o gás seja processado em Moçambique. “Não podemos continuar a exportar matérias-primas”.
Refere que actualmente o preço dos crude no mercado internacional está a abrandar de algum modo o processo de industrialização petrolífera.
Na conversa com os jornalistas admitiu a possibilidade de o Presidente do seu país, Filipe Nyusi, visitar Angola proximamente, referindo caber ao ministério angolano das Relações Exteriores anunciar a provável data.
Falou do esforço de formação de quadros, referindo que 15 moçambicanos estão neste momento a cursar petróleo. (portalangop.co.ao)