
O presidente da Síria Bashar Assad visitou Moscovo nesta terça-feira(20)à noite, tendo se reunido com o presidente russo Vladimir Putin, disse hoje (21) o porta-voz do presidente da Rússia Dmitry Peskov.
“Ontem à noite o presidente da República Árabe da Síria Bashar Assad chegou a Moscovo em visita de trabalho. Foram realizadas negociações em privado e em formato alargado com o presidente russo Vladimir Putin”, disse.
Segundo Peskov, das negociações alargadas participaram altos dirigentes do Estado russo.
“As negociações foram bastante longas, o seu tema principal é bastante compreensível”, acrescentou.
“Naturalmente, as questões [foram sobre] a luta contra grupos terroristas extremistas, questões ligadas à continuação do apoio às ações ofensivas das Forças Armadas sírias”, explicou o porta-voz presidencial.
“Estamos prontos a fazer tudo o possível para combater o terrorismo na Síria, não só na área militar, mas também no processo político”, manifestou o presidente russo Vladimir Putin durante o encontro.
Putin também agradeceu ao povo sírio pela sua contribuição para a luta contra o terrorismo. Ele sublinhou que a Rússia está preocupada pelo facto de pelo menos quatro mil militantes oriundos da ex-URSS lutarem ao lado de grupos terroristas na Síria.
“O povo sírio resistiu quase sozinho e lutou contra o terrorismo internacional por muitos anos, sofrendo perdas significativas mas, recentemente, também tem alcançado sérios resultados positivos nesta luta”, disse o líder russo.
Bashar Assad, por sua vez, agradeceu às autoridades russas pela sua ajuda à Síria, dizendo que elas apoiam a unidade e independência da Síria. Assad acrescentou, dirigindo-se a Vladimir Putin: “O terrorismo que agora se expandiu na região teria tomado áreas ainda maiores e teria se espalhado por um território ainda maior se não fossem as suas ações e decisões”, disse Assad.
A Rússia lançou a sua operação aérea contra grupos terroristas na Síria em 30 de setembro. Desde então, as Forças Armadas da Síria iniciaram uma série de ofensivas contra militantes do Estado Islâmico e outras organizações extremistas. Durante as negociações, Assad disse que qualquer ação militar também pressupõe medidas políticas adicionais para resolver a crise síria. (tpa.ao)
Fonte: Sputnik/EB