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    Operadoras móveis “forçadas” a subir preços dos equipamentos

    (Foto: D.R.)
    (Foto: D.R.)

    Movicel e Unitel repercutiram nos preços de equipamentos o impacto da desvalorização do kwanza face ao dólar. 4G da Movicel chega a Benguela até ao Natal.

    A Movicel subiu em Setembro o preço de vários equipamentos, num movimento em que foi acompanhada pela concorrente Unitel.

    A desvalorização do kwanza face ao dólar e a dependência total das importações para estes produtos forçaram as subidas, admite a directora de Lojas e Agentes da Movicel, Helena Rufino, que garante, contudo, que os serviços e as tarifas não foram alvo de actualizações de preço.

    Em declarações ao Expansão, a responsável explica que a empresa tem investido “um grande esforço para manter o preço dos serviços”, mas, como os equipamentos vêm de fora e tem havido “grandes variações cambiais”, a operadora teve de actualizar os seus preços.

    Em alguns casos, diz, as subidas atingiram os 30%. Ainda assim, afirma Helena Rufino, “não houve impacto” na procura. “O mercado está sedento de novos produtos e por isso temos vendido ao mesmo ritmo”, acrescenta.

    A Unitel também não conseguiu evitar revisões em alta nos preços de muitos dos seus equipamentos. Nalguns casos, nomeadamente produtos de gama alta, as subidas aproximaram-se dos 50%, de acordo com cálculos do Expansão com base na análise das revistas de Setembro e Outubro da operadora.

    4G chega a Benguela antes do Natal

    Entretanto, a Movicel prepara- se para apresentar novidades, à medida que se aproxima a época natalícia, diz a directora de Lojas e Agentes, destacando que o principal objectivo é “sempre facilitar a vida dos clientes”, oferecendo “soluções descomplicadas em produtos e serviços”.

    A partir de 15 de Novembro, a empresa irá lançar “promoções e campanhas” diversas e, mais perto do Natal, irá lançar a rede 4G em Benguela, revela.

    “Temos feito um grande investimento na melhoria da rede, diz Helena Rufino, que lembra a Movicel já oferece 4G em Cabinda e Luanda. A nova rede vai ter grande impacto em Benguela”, afirma.

    A responsável faz um balanço “muito positivo” da mudança de imagem e de assinatura que a operadora efectuou em Julho passado, explicando que houve uma “aceitação muito rápida, praticamente imediata” por parte do mercado em geral.

    “A mudança de imagem foi associada à reestruturação e melhoria da nossa rede, e dos nossos produtos e serviços”, defende Helena Rufino, acrescentando que a mudança de assinatura foi entendida como “uma intenção de continuar a evoluir”.

    Também o ‘Internet.org’, projecto lançado em Junho passado em parceria com o Facebook, a Unicef, o Sapo e o ‘Platina Line’, teve um “reflexo positivo” no negócio e na imagem da Movicel, diz a directora.

    Este projecto, recorde-se, oferece acesso gratuito a alguns conteúdos – informações de saúde, notícias, pesquisas, emprego, entre outros, além do Facebook -, tendo Angola sido o primeiro país de língua portuguesa a disponibilizá-lo.

    “A base de clientes duplicou em termos de utilização de Internet, o que implicou mais carregamentos, novos clientes e até a compra de mais equipamentos para utilizar a web”, afirma a responsável, que garante que este projecto “veio para ficar”. (expansao.ao)

    Por: Ricardo David Lopes

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