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    Cabo Verde: Água dessalinizada no Porto Novo vai baixar com ligação da unidade de produção à rede da ELECTRA – Governo

    (inforpress.publ.cv)
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    O custo de produção de água dessalinizada no Porto Novo, em Santo Antão, vai baixar com a ligação, “em breve”, da unidade de produção à rede pública de electricidade, admitiu a ministra do Turismo, Desenvolvimento e Investimento Empresarial.

    Leonesa Fortes, que falava, este domingo, no acto de inauguração da central eléctrica única de Santo Antão, explicou que, graças à esta infra-estrutura eléctrica, que custou 866 mil contos, a unidade de dessalinização de Águas do Porto Novo (APN) vai poder estar ligada à rede eléctrica pública, reduzindo, substancialmente, os custos de produção.

    “A unidade de dessalinização vai poder estar ligada à rede da ELECTRA e poder ter energia que precisa para produzir água a um custo bastante favorável”, explicou a ministra do Turismo, Desenvolvimento e Investimento Empresarial.

    A APN está em negociações com a ELECTRA para ligar a unidade de dessalinização à rede eléctrica, medida que terá “reflexo positivo no custo de água produzida”, adiantou.

    A unidade de dessalinização, instalada em 2007, no quadro de uma parceria público-privada, envolvendo Águas de Ponta Preta (Sal), o Governo e o município do Porto Novo, funcionou, até agora, através de grupo gerador próprio, já que a capacidade instalada na central eléctrica do Porto Novo não permitia a sua ligação à rede.

    Com a central eléctrica única de Santo Antão, que possui uma potência de 3.500 KW (Santo Antão passa a contar com uma capacidade instalada de 5.500 KW), vai ser possível agora ligar a unidade de produção de água dessalinizada à rede da ELECTRA, o que deve efectivar-se dentro de pouco tempo.

    A unidade dessalinização no Porto Novo tem capacidade de produção de dois mil metros cúbicos de água por dia, fornecida aos Serviços Autónomos de Água e Saneamento do Porto Novo (SAAS-PN) para a sua distribuição, através da rede pública.

    As autoridades municipais, os operadores turísticos e os portonovenses, no geral, consideram “elevado” o preço de água dessalinizada no Porto Novo.

    Apesar da Agência de Regulação Económica (ARE) ter, em Julho de 2014, procedido à redução, em 15 por cento (%), das tarifas, o custo da água dessalinizada no Porto Novo “continua sendo um dos mais elevados de Cabo Verde”, segundo a edil, Rosa Rocha.

    Alguns consumidores, abordados pela Inforpress, regozijam-se com o facto de se consumir “uma água de excelente qualidade” na cidade do Porto Novo, certificada, em finais de 2014, por organizações internacionais, mas consideram que custo continua sendo “um dos mais elevados do país”.

    Conforme as tarifas, actualizadas em 2014, uma família que consumir até seis metros cúbicos de água/mês, paga 281 escudos/tonelada, mas se consumir até dez metros cúbicos, uma tonelada de água passa a custar 414 escudos.

    Caso o consumo seja superior a dez toneladas, cada metro cúbico custa 550 escudos.

    Para a indústria, turismo e comércio, a água dessalinizada é cobrada, respectivamente, a 484 escudos, 627 escudos e 505 escudos/tonelada, preço que continua a ser “muito elevado”, no entender dos operadores económicos, que já levantaram essa inquietação à Leonesa Fortes e à Assembleia Municipal do Porto Novo. (inforpress.publ.cv)
    JM/JMV

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