
A província do Cuanza Norte conta desde esta segunda-feira com um complexo industrial de apoio à pesca artesanal e continental, inaugurado pela Ministra das Pescas, Victória de Barros Neto.
Situado na lagoa do Ngolome, comuna de Massangano,66 quilómetros do Dondo, sede do município de Cambambe, a infra- estrutura está capacitada para o emprego de técnicas modernas pós-captura, incluindo escalagem, conservação, fumaça, secadeira, embalagem e comercialização.
Cofinanciado pelo governo de Angola e pelo Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO), o centro possui ainda fábrica de gelo, câmaras frigoríficas, armazéns, loja de venda de pescado e de artefactos de pesca. Uma zona administrativa, refeitório, área técnica, depósito de combustíveis e sala de formação, entre outras dependências compõem ainda o complexo.
A referida estância produtiva vai atender o circuito piscatório do Noroeste de Angola.
Orçado em um milhão e trezentos e noventa mil dólares, o empreendimento foi edificado em 15 meses e ocupa uma área útil de 718 metros quadrados, dos 2.412.33 metros disponíveis.
No local serão igualmente formados pescadores das províncias de Luanda, Cuanza Sul, Malange, Uíge, Zaire e Bengo, visando a vulgarização das técnicas pós-captura.
O centro ora inaugurado, é a primeira unidade do género em Angola e a sua criação insere-se nas estratégias do governo tendente à diversificação da economia, melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e rentabilização da actividade piscatória, no país.
Na ocasião, testemunhada pelo representante da FAO em Angola, Mamadou Diallo e pelo Vice-Governador do Cuanza Norte para o sector económico, Manuel de Abreu Pereira da Silva, a Ministra Victória de Barros disse ser um investimento voltado para o bem-estar das populações, representando um impulso à pesca artesanal e continental.
Referiu que ao longo de vários anos esta actividade era vista como uma mera diversão, ou de subsistência, que passa agora para uma era de competitividade através da produção e conservação, às exigências do mercado nacional e internacional.
Sublinhou que a imponência do empreendimento se refletirá no reforço da capacidade económica, na segurança alimentar e nutricional das populações, bem como na promoção do emprego, melhorando deste modo a qualidade e quantidade do pescado nos mercados de consumo.
Estiveram também presentes o Administrador de Cambambe, Francisco Manuel Diogo, representantes do Banco Africano de Desenvolvimento e do PNUD. (portalangop.co.ao)