A importância estratégica dos mais de 7,5 milhões de quilómetros quadrados de área oceânica que dispõem os estados membros da Comunidade de Países de Língua Português (CPLP) mereceu destaque do embaixador de Portugal em Angola, João da Câmara.

Segundo o diplomata, que falava hoje, sexta-feira, na Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética, dentro dos 7,5 milhões de quilómetros quadrados estão estados membros da CPLP, cuja contribuição à segurança no Golfo da Guiné é fundamental.
João da Câmara, que falava em representação do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Manchete, salientou o facto de seu país estar pronto para, em estreita cooperação com os países parceiros, projectar novas acções de promoção de segurança marítima no Atlântico.
Disse que as referidas acções incluem a criação, em Lisboa, de um Centro Internacional sobre segurança marítima.
Igualmente na sessão da manhã, da conferência que encerra ainda hoje, o director para Estudos Regionais e Segurança Internacional da organização Chathan House, Alex Vines, encorajou o Estado angolano a prosseguir com as acções de normalização da situação no Golfo da Guiné.
Angola exerce um importante papel junto da Comissão para o Golfo da Guiné, disse Alex Vines salientando que “alguns países no Golfo da Guiné precisam da ajuda de Angola”.
Para o vice-ministro das Relações Internacionais e Cooperação da Namíbia, Peya Mushelenga, um dos intervenientes na sessão desta sexta-feira, a elevada ameaça sobre a segurança marítima submete vários estados ao risco de pirataria, terrorismo, pesca ilegal e ao roubo de petróleo bruto.
Considerou que a realização da conferência reflecte o compromisso global de combate sobre esses actos de crime organizado.
Com cerca de 300 convidados nacionais e internacionais, a conferência tem encerramento marcado para hoje com a aprovação da declaração de Luanda. (portalangop.co.ao)