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    Cabo Verde: Arquipélago terá professores de medicina formados no país dentro de uma década – PM

    Praia – O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, estimou que dentro de uma década será possível ter professores de medicina e médicos formados no país, abrindo novas possibilidades para o ensino e a investigação na área da saúde.

    JOSÉ MARIA NEVES, PRIMEIRO-MINISTRO DE CABO VERDE (Foto: Angop)
    JOSÉ MARIA NEVES, PRIMEIRO-MINISTRO DE CABO VERDE (Foto: Angop)

    José Maria Neves, que presidiu quarta-feira ao lançamento oficial do primeiro curso de medicina de Cabo Verde, considerou a criação do curso “uma grande ousadia”, mas também uma “grande aposta” no desenvolvimento sustentado do país.

    “O que nós queremos é daqui a 10 ou 15 anos termos professores cabo-verdianos formados com este projecto para darem aulas, fazer a regência das cadeiras e também fazer investigação”, disse José Maria Neves.

    O Mestrado Integrado em Medicina, uma parceria entre a Universidade de Cabo Verde, com sede na Praia, e a Universidade de Coimbra, vai funcionar neste primeiro ano com sete professores portugueses e sete cabo-verdianos.

    Às 25 vagas abertas para este primeiro curso concorreram mais de uma centena de alunos a quem era exigida uma média de 17 valores.

    Na primeira edição, vão frequentar o curso, além dos alunos cabo-verdianos, dois brasileiros, o que vai ao encontro da ambição governamental de tornar o curso uma referência para o mundo lusófono e a África Ocidental.

    Presente na cerimónia esteve também o ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, António Correia e Silva, que afirmou ter sido necessário “romper com algum cepticismo” na sociedade para poder avançar com o curso, que segundo o ministro, é também uma forma de “cumprir a independência” do país.

    O governo português esteve representado pelo embaixador de Portugal em Cabo Verde, Bernardo Lucena, que considerou este curso um projecto “emblemático da cooperação portuguesa” ao juntar as áreas da Saúde e da Educação.

    Fernando Regateiro, professor da Universidade de Coimbra e coordenador do curso, sublinhou que a formação seguirá os padrões internacionais da formação de médicos, mas que terá algumas componentes adaptadas à realidade cabo-verdiana, nomeadamente em relação ao estudo das doenças tropicais.

    Para Fernando Regateiro o objectivo é formar “médicos robustos, seguros e de qualidade” aptos a resolver os problemas que resultam da realidade do país.

    Criado com o apoio do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o curso tem ainda como parceiros o Hospital Agostinho Neto e a Ordem dos Médicos de Cabo Verde (OMCV). (portalangop.co.ao)

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