
A União Europeia está pronta a abrir os primeiros centros de registo de migrantes na Grécia e Itália até novembro.
A decisão, incluída num pacote de medidas para travar a vaga migratória para a Europa, foi anunciada, esta quarta-feira, após o conselho extraordinário de líderes europeus.
Bruxelas vai desbloquear mil milhões de euros para apoiar a ação da agência da ONU para os refugiados em países vizinhos da Síria, como a Jordânia, Líbano ou Turquia, que acolhem atualmente mais de 4 milhões de pessoas.
Para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, “a maior vaga de refugiados e migrantes ainda está para vir. É por isso que necessitamos de corrigir a política de portas abertas. Devemos concentrar-nos agora na proteção das fronteiras exteriores e na assistência aos refugiados e países que se encontram na nossa vizinhança”.
Depois de um acordo “a forceps” sobre a distribuição de 120 mil migrantes, na terça-feira, os líderes europeus conseguiram obter o apoio dos países de leste ao defenderam mais controlos nas fronteiras do espaço Schengen.
O primeiro-ministro húngaro, até agora reticente face às soluções de Bruxelas, voltou a defender a polémica vedação fronteiriça do país, “só desta forma seremos capazes de controlar as fronteiras nacionais e a imigração dentro da zona Schengen. Mas se não gostam da vedação, também podemos continuar a deixar os migrantes cruzar o território para a Áustria e Alemanha”, ironizou Viktor Orban.
Ao final da reunião, a Chanceler alemã, Angela Merkel, recordou a necessidade de cooperar com a Turquia no controlo das fronteiras exteriores da União.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, cujo país acolhe mais de dois milhões de refugiados sírios, vai reunir-se no próximo dia 5 de outubro com os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, em Bruxelas. (euronews.com)