Lisboa – O número de cidadãos angolanos residentes em Portugal voltou a cair em 2014, tendo atingido uma cifra de 19.710, contra os 20.177 registado em 2013.

Segundo um relatório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, a que a Angop teve acesso, a queda no total de estrangeiros em Portugal se deveu, sobretudo, “a alteração de fluxos migratórios e o impacto da actual crise económica no mercado laboral” nesse país europeu.
O relatório aponta ainda ter sido consolidada a tendência de decréscimo do número de estrangeiros residentes em Portugal, totalizando 395.195 cidadãos, verificando-se uma redução da representatividade da população estrangeira oriunda de Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
O conjunto dos cidadãos dos PALOP representa cerca de 45,4 por cento do total da população estrangeira em Portugal, com maior incidência para nacionalidades brasileira (22,1 por cento), cabo-verdiana (10,4%) e angolana (5%).
No entanto, adianta o SEF de Portugal, a nacionalidade brasileira, apesar da diminuição de 4.627 cidadãos em Portugal, se mantém como a principal comunidade estrangeira residente, com um total de 87.493 cidadãos.
No seio da estrutura das nacionalidades mais representativas em 2014, que incluem a Espanha, Reino Unido e Guiné-Bissau, a China passou a ser a quinta mais relevante (21.402), com um crescimento de 14,8 por cento, suplantando Angola (19.710), refere o SEF.
Salienta ainda que cerca de 83,5 porcento dos cidadãos estrangeiros residentes fazem parte da população potencialmente activa (330.107), evidenciando um grande grupo etário entre os 20 e 39 anos (173.114).
Quanto a processos de afastamento coercivo, refere que foram proferidas 437 decisões de expulsão e 528 de arquivamento, na conclusão de procedimentos a cidadãos de nacionalidade cabo-verdiana (196), brasileira (170), guineense (78), angolana (72), ucraniana (47) e indiana (19). (Angop)