
O director do hospital municipal da Matala, província da Huíla, Martinho Angelina, manifestou-se hoje, quarta-feira, preocupado com o índice elevado de casos de gravidez precoce, que dão entrada diariamente na unidade sanitária.
Em declarações à Angop, o responsável informou que são atendidos dois a três casos/dia de menores com 14 e 16 anos idade e sem condições físicas para suportar uma gestação, sendo que na maior parte dos casos o parto é feito por cesariana.
Disse que tal quadro apresenta sérios riscos para a vida das mães e dos bebés, pelo facto do canal uterino não apresentar dimensão suficiente para um parto normal, obrigando a submissão das gestantes adolescentes a um parto por via de cesariana.
“É preciso que a sociedade encare este fenómeno como um mal que afecta muitas famílias, visto que muitas delas ficam desestruturadas, as famílias devem manter o diálogo com os seus filhos, para se evitar a gravidez precoce na adolescência”, ressaltou o especialista.
O município da Matala, situado 170 quilómetros a leste do Lubango, conta com 21 unidades sanitárias, entre as quais dois hospitais municipais de referência, sendo um na sede e outro na comuna de Capelongo, para assistir uma população de 243 mil e 938 habitantes. (Angop)