
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, recebeu nesta segunda-feira em audiência, no Palácio Presidencial, o enviado especial do Secretário-geral das Nações Unidas para a Região dos Grandes Lagos, Thomas Perrillo, com quem abordou a situação de paz e segurança nesta zona da África Central.
À saída da audiência, o diplomata afirmou à imprensa que solicitou a opinião e os conselhos do Chefe de Estado angolano (actual presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos – CIRGL) sobre certo número de questões e preocupações da região.
“Solicitei os conselhos do Presidente José Eduardo dos Santos sobre as questões de fundo no concernente à neutralização das Forças Negativas da Região dos Grandes Lagos, em particular a questão das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) que ainda permanece pendente”, salientou.
Thomas Perrillo destacou os esforços empreendidos pelas Forças Armadas da República Democrática do Congo no combate a estas forças rebeldes, mas disse desejar que haja uma maior mobilização para erradicar-se definitivamente estas forças negativas.
“Há também a questão da execução (ou aplicação) das declarações de Nairobi sobre os ex-M23 e sobre todas estas questões. Tive o privilégio de receber orientações do Presidente angolano, na sua qualidade presidente da CIRGL”, frisou.
Informou que abordou ainda com o líder angolano várias questões ligadas às crises político-militares na região, com destaque para a situação do Burundi, no Sudão do Sul e na República Centro-Africana.
Explicou que deu a conhecer ao estadista angolano as perspectivas da realização de uma Conferência de Investimento do Sector Privado dos países da região, que está prevista para os dias 24 e 25 de Fevereiro de 2016, em Kinshasa, RDC.
Salientou que, para este evento, solicitou o apoio do Presidente José Eduardo dos Santos, dada a importância de Angola na região e em África.
A CIRGL foi criada após os conflitos políticos que marcaram a região dos Grandes Lagos, em 1994.
Dela fazem parte Angola, Burundi, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
O ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti, testemunhou a audiência. (Angop)