Admiro Simão sagrou-se vencedor da oitava edição do concurso de música “Feskizomba”, realizado sábado, no Cine Tropical, em Luanda, com o tema “Presente Divino”.

O vencedor, representante da província de Luanda, tem direito a frequentar um curso de Música, no Complexo de Escolas de Artes (CEART), afecto ao Ministério da Cultura, e a gravação de um álbum promocional.O concurso tem como objectivo a descoberta de novos talentos do estilo kizomba para serem projectados no mercado nacional. Sandra Fica, do Bengo, ficou em segundo lugar com o tema “Desculpa meu Amor”. O terceiro lugar foi atribuído a Osvaldo Santos, também de Luanda, que concorreu com a música “Porque”.
Foram 20 finalistas, além de três desistentes, entre os quais Orlando Congo, do Cuanza Norte, Uassónico Teodoro, de Luanda, e Julieta Ambriz, também de Luanda.
O segundo e terceiro classificados também vão beneficiar de uma formação musical no CEART. A organização do concurso decidiu agraciar com formação musical a concorrente Marcelina Mota, da província de Malanje, por ter participado em três edições consecutivas.
Cornélio Caley, Secretário de Estado da Cultura, considerou que iniciativas do género devem sempre ser realizadas para que a cultura esteja no topo, para que a nova geração possa dar continuidade ao legado dos grandes fazedores do estilo kizomba.
Cornélio Caley adiantou que a realização do concurso prova que os jovens estão capacitados para desenvolver actividades em prol da valorização da cultura. Admiro Simão, o vencedor, afirmou que o Feskizomba deu um grande passo para concretizar o seu sonho, que é fazer música.
Agora, adiantou, “vou trabalhar de maneira a conseguir apoio financeiro para gravar o álbum de estreia”. Visivelmente alegre, disse esperar que este dia seja a maior abertura para a sua carreira. “O meu grande desejo é viver só da música, embora não seja uma tarefa fácil”, confidenciou.
A oitava edição do Feskizomba homenageou Robertinho, cantor e compositor que notabilizou-se na década de 1980. Robertinho trabalha actualmente na finalização do seu novo disco. Nasceu na província de Malanje, município do Késsua, e começou a cantar na década de 1970, no agrupamento Ébanos, fez parte da extinta banda FAPLA-Povo, que pertencia às Forças Armadas Populares de Libertação de Angola.
Passou ainda pelo “Diamantes Negros”, “Semba Tropical”, no qual chegou a ser um dos principais vocalistas.
O cantor Proletário, contemporâneo e amigo de Robertinho, foi o convidado que levou o público ao delírio quando interpretou alguns dos seus sucessos, tais como “Mana Júlia” e “Kimbombeia”. (Jornal de Angola)