
(AFP)
O primeiro-ministro de transição Isaac Zida foi libertado esta terça-feira de manhã pelos golpistas. Porém o líder do golpe de estado da semana passada, o General Gilbert Diendéré, exige a retirada do exército burquinabês, que apoiam a transição, dos subúrbios da capital Ouagadougou. Entretanto as Forças Armadas do país lançaram um ultimato aos golpistas, que têm agora até às 10h locais e TMG para baixarem as armas.
Isaac Zida, figura chave na transição do Burkina Faso, deixou o Palácio Presidencial de Ouagadougou, onde se encontrava detido desde o golpe de estado da semana passada, foi autorizado a regressar à residência oficial, localizada no bairro onde se situam os ministérios na capital do país.
Ontem, numa alocução pública, o General Gilbert Diendéré, chefe do Regimento da Segurança Presidencial e no poder desde o golpe de estado de 17 de Setembro, tinha avançado com a “libertação do tenente-coronel Isaac Zida, como sinal de aceitação do projecto de acordo” de saída de crise proposto pela mediação da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O documento que prevê uma amnistia para os golpistas e a participação de antigos pro-Compaoré nas eleições previstas até ao dia “22 de Novembro”. Uma proposta alvo de criticas por parte da sociedade civil e de uma parte da população.
Entretanto os militares do Burkina Faso, afectos à transição, entraram esta noite em Ouagadougou sem enfrentarem resistência e lançaram um ultimato aos golpistas que têm agora até às 10h TMG e locais para a sua rendição. (RFI)