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    Burkina Faso: Mediadores propõem restauração do presidente Kafando e amnistia aos golpistas

    Ouagadougou – Os mediadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) propuseram domingo à noite, em Ouagadougou, um” projecto de acordo político de saída da crise” no Burkina Faso, prevendo restaurar o presidente Kafando, derrubado quinta-feira por um golpe de Estado militar, e amnistiar os golpistas.

    LOGOTIPO DA COMUNIDADE ECONÓMICA DE ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL (CEDEAO) (D.R)
    LOGOTIPO DA COMUNIDADE ECONÓMICA DE ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL (CEDEAO) (D.R)

    Este acordo, que deverá ser apresentado terça-feira à União Africana (UA), prevê igualmente a organização das eleições legislativas e presidenciais o mais tardar até 22 de Novembro e a inclusão dos candidatos pró-Compaoré excluídos nos últimos meses na sequência de uma lei votada pela Assembleia interina.

    O projecto, lido pelo presidente da Comissão da CEDEAO, Kadré Désiré Ouedraogo, prevê a “restauração das instituições da transição e do presidente Kafando”, a “libertação incondicional de todas as pessoas detidas na sequência dos acontecimentos”, “a aceitação do perdão e uma lei de amnistia sobre os acontecimentos subsequentes ao golpe de Estado”. Esta lei deve ser votada antes de 30 de Setembro.

    Por outro lado, o texto preconiza o “prosseguimento do processo eleitoral” o mais tardar até 22 de Novembro, uma vez que até agora as eleições estão fixadas para 11 de Outubro.

    Para responder ao descontentamento dos militares golpistas, a proposta prevê que “as pessoas cujas candidaturas tenham sido invalidadas serão autorizadas a participar nas próximas eleições”.

    O destino do Regimento de Segurança Presidencial (RSP), que esteve na origem do golpe de Estado, é “deixado à apreciação do presidente saído das próximas eleições”. Durante vários meses, a sociedade civil exige a dissolução desta forte tropa de mil e 300 homens.

    O RSP, uma unidade de elite do exército dirigido pelo general Gilbert Diendéré, muito próximo a Blaise Compaoré, tomou o poder quinta-feira ao acusar as autoridades de terem desencaminhado o governo de transição pós-Compaoré, principalmente com a exclusão dos apoiantes do ex-presidente das eleições marcadas para 11 de Outubro.

    O chefe de Estado senegalês Macky Sall, presidente em exercício da CEDEAO, anunciou que esta solução seria proposta terça-feira à UA durante uma cimeira extraordinária.

    O mediador lançou “um apelo urgente exigindo a calma e a não-violência”: “Não devemos acender um fogo que não podemos apagar”, advertiu o chefe de Estado. (Angop)

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