
A Rússia enviou caças à Síria, disseram as autoridades dos Estados Unidos, elevando o seu envolvimento numa corrida militar que tem deixado Washington em alerta o que levou aos primeiros contactos entre os chefes de Defesa russo e norte-americano em mais de um ano.
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, tendo em vista a possibilidade de operações aéreas russas e norte-americanas serem conduzidas em lados opostos da guerra na Síria, conversou ao telefone com o seu homólogo russo sobre maneiras de se evitar interacções militares acidentais.
A coordenação necessária para evitar tais encontros é conhecida no jargão militar como “desconflito”.
“Eles concordaram em continuar a discutir mecanismos de desconflito na Síria e na campanha contra o Isil”, disse o porta-voz do Pentágono, Peter Cook, após a ligação, referindo-se à campanha dos EUA e aliados contra militantes do grupo Estado Islâmico.
Os antigos inimigos da Guerra Fria possuem no Estado Islâmico um adversário em comum na Síria, mesmo que Washington seja contra o apoio de Moscovo ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que considera um dos principais motivadores da guerra civil de quatro anos e meio.
Uma autoridade da defesa de alto escalão dos EUA disse, ao contar detalhes sobre a conversa, que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, descreveu as actividades de Moscovo na Síria como sendo de caracter defensivo. (REUTERS)
por Phil Stewart e Yeganeh Torbati