
O balanço já é positivo. Mas até ao final dos Jogos Africanos Angola espera arrecadar mais medalhas. Basquetebol e andebol, em masculinos e femininos, são fortes candidatos ao pódio.
O balanço provisório da participação de Angola na XI edição dos Jogos Africanos, a decorrer em Brazzaville, República do Congo, até ao próximo domingo, «é positivo, mas ainda difícil de quantificar, uma vez que há um conjunto de modalidades para as quais existem fortes expectativas de conquistar mais medalhas».
A declaração, prudente, é de António Luz, chefe da delegação nacional, em declarações ao SOL a partir de Brazzaville, via telefone, na terça-feira. «Para já, ainda estamos longe das 26 medalhas – seis de ouro, dez de prata e dez de bronze – conquistadas em Maputo 2011. Até hoje, dia 15, conquistámos seis medalhas. Duas de ouro, uma de prata e três de bronze. Mas não nos podemos esquecer que nesta edição ficaram de fora modalidades como o xadrez, a vela e a canoagem, que nos deram pódios em Maputo», disse.
Até ao fecho desta edição, o vólei de praia (ouro), o judo (ouro e bronze), a natação (prata), o boxe (bronze) e o atletismo adaptado (bronze) foram as modalidades que já já deram pódios à delegação angolana, uma das 53 presentes nos jogos, integrada por 158 atletas de 15 modalidades. António Luz mostrou-se «bastante optimista» face ao que «ainda pode ser conquistado», uma vez que «as expectativas são elevadas quanto a futuras subidas ao pódio. É o que se espera do basquetebol, andebol, taekwondo e atletismo adaptado, tanto para o sector masculino como para o feminino». Ou seja, de acordo com o responsável, apesar de ser difícil chegar às 26 medalhas trazidas de Moçambique há quatro anos, nomeadamente devido à não participação de modalidades ‘medalháveis’, a comitiva angolana espera amealhar nos últimos dias dos jogos mais duas mãos cheias de medalhas.

(Foto: Portal de Angola)
«Esperamos conquistar medalhas no basquetebol, por exemplo, tanto no sector masculino, como no feminino. Está tudo bem encaminhado», disse António Luz, confiante. E continuou: «O mesmo pode acontecer no andebol, assim esperamos. Tanto nos homens como nas mulheres estamos firmemente apostados em subir ao pódio». Sem perder o optimismo, o dirigente passou depois para o taekwondo, a última disciplina a entrar em acção nos jogos. «Aqui também estamos muito confiantes em que os nossos atletas podem vir a conquistar medalhas para Angola, tanto no sector masculino, como no feminino», avançou.
O mesmo acontece com o atletismo, neste caso, no desporto adaptado. «Nas provas de 200 e 400 metros, em homens e mulheres, temos fortes probabilidades de conseguir alcançar mais subidas ao pódio. E esperamos que o mesmo venha a acontecer nos 800 metros femininos», adiantou. E conclui: «Para já estamos a ter bons resultados.
O ambiente na comitiva é excelente e estamos muito satisfeitos por estar a representar Angola neste grande encontro do desporto africano». Na capital da República do Congo estão presentes cerca de oito mil atletas, repartidos por 22 modalidades, incluindo duas de desporto adaptado. Esta é a segunda vez que Brazzaville acolhe os Jogos Africanos.
A capital da República do Congo acolheu a primeira edição do evento há 50 anos (1965). Até agora, Angola soma um total de 33 medalhas nas edições dos jogos em que participou, assim repartidas: nove de ouro, sete de prata e 17 de bronze.
O país com mais medalhas conquistadas ao longo dos jogos é o Egipto, com um total de 904, das quais 373 foram de ouro, 270 de prata e 261 de bronze. Ao longo das dez edições dos jogos o Egipto, cinco vezes, e a África do Sul, três, foram os países que mais vezes lideraram os campeonatos em termos de medalhas conquistadas. Nas restantes duas edições esse lugar coube uma vez à Tunísia e outra à Nigéria. (sol.ao)