
O ministro dos Petróleos de Angola justificou as consecutivas quebras mensais na produção de petróleo no país, que desceu para 1,6 milhões de barris por dia, com problemas de manutenção e roturas em alguns campos.
A explicação é citada hoje pela agência Platts, especializada no setor energético e foi transmitida por José Maria Botelho de Vasconcelos em Viena, na Áustria, à margem da reunião dos representantes dos doze Estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Esta quebra de produção deixa mais distante o objetivo do Governo angolano, país que é segundo maior produtor de petróleo na África subsariana atrás da Nigéria, de chegar aos dois milhões de barris por dia.
A produção de petróleo em Angola cifrou-se em 1,65 milhões de barris por dia, nos últimos seis meses, e têm vindo a descer todos os meses desde novembro de 2013, de acordo com dados compilados e igualmente divulgados hoje pela Platts.
À margem da reunião dos países da OPEP, o ministro Botelho de Vasconcelos confirmou a cifra atual de 1,6 milhões de barris por dia e admitiu igualmente o rápido esgotamento de alguns reservatórios como estando na origem destas quebras, de acordo com a Platts.
Apesar destas quebras, Angola está a programar o início de produção em vários campos já a partir de 2014 e ao longo dos próximos anos.
No final de maio último, o mesmo ministro revelou que o país produziu mais de 142 milhões de barris de petróleo entre janeiro e março, valor que até final deste ano deverá atingir os 655 milhões de barris.
“Em 2015 prevê-se que a produção atinja os dois milhões de barris de petróleo por dia com a entrada em produção de novos campos, cujos projetos se encontram em fase de execução”, disse Botelho de Vasconcelos, na abertura do X Conselho Consultivo alargado do Ministério das Petróleos. (oje.pt)
com Lusa