
O diário britânico “Financial Times” publicou na sua edição de 2 de Agosto um artigo sobre Angola assinado por Shrikesh Laxmidas, da agência Reuters, que refere as perspectivas de “grandes retornos” que o país oferece aos investidores
“Estimulado pela crescente produção de petróleo bruto que já vale 70 mil milhões de dólares (sete triliões de kwanzas) anualmente e os elogios das principais agências de crédito mundiais, o Presidente José Eduardo dos Santos quer que Angola singre no cenário financeiro internacional”, refere o artigo.
Segundo o autor, os investidores estrangeiros vêem finalmente o país a abrir “novas avenidas financeiras”. E prossegue: “Os lobbies dos hotéis de cinco estrelas borbulham em acordos que procuram tirar partido do sucesso económico do país com os anunciados planos de um fundo soberano dotado de cinco mil milhões de dólares (500 mil milhões de kwanzas), uma Bolsa e uma emissão de eurobonds” para contratar dívida pública.
“Angola está definitivamente a tentar desenvolver uma estratégia internacional”, afirma Alex Vines, um especialista em Angola da Chatham House de Londres, citado no texto. “Isso, no entanto, tem um impacto em termos de transparência, tendo em conta as exigências dos mercados internacionais”, acrescenta Alex Vines.
O texto lembra os elogios feitos ao país pelo FMI em resultado dos progressos obtidos no plano da transparência. Cita Tiago Dionisio, analista no banco de investimento subsariano Eaglestone que, referindo-se à introdução de novas regras no sector bancário, considera que estas são importantes, estando ao nível das que vigoram nos países industrializados, acrescentando que “há muito ainda a fazer, mas trata-se de um progresso”. (jornaldeangola.com)