
A UNITA defende que o Lobito receba mais verbas que alguns municípios da província de Benguela, pela sua densidade populacional e o peso que representa para a economia local e do país.
Essa posição foi defendida sexta-feira, no Lobito, por Alberto Ngalanela, deputado da UNITA pelo círculo provincial de Benguela, no decurso de uma visita de trabalho àquela cidade, no quadro da fiscalização às acções do Executivo.
O deputado disse que a sua bancada parlamentar está disponível para trabalhar com a congénere do MPLA no sentido de se encontrarem soluções conducentes à uma “melhor contextualização do município do Lobito no domínio orçamental”.
Durante a sua estadia no Lobito, Alberto Ngalanela, além de constatar in loco os vários projectos inseridos no Programa de Investimentos Públicos (PIP) 2013, manteve um encontro de cortesia com o administrador Amaro Ricardo, que descreveu as dificuldades por que passa o município, em função da exiguidade das verbas disponibilizadas pelo Orçamento Geral do Estado.
O deputado, que visitou entre outros empreendimentos, as centrais térmicas da Quileva e a Barragem do Biópio, corroborou com aquilo que as autoridades do Lobito consideram de grande constrangimento relativo à atribuição ao município da mesma quota financeira que os outros com menor densidade populacional e inferior peso em termos de infra-estruturas.
Amaro Ricardo informou que tem cerca de um milhão de habitantes e mais de 250 mil menores de cinco anos de idade, o que coloca algumas dificuldades para a aplicação, com êxito, dos Projectos dos Cuidados Primários de Saúde (PCPS), consubstanciados no fornecimento sistematizado dos serviços e respectivos quites gastáveis. Disse que alguns projectos, no âmbito de combate à pobreza, estão em curso, outros enfrentam um certo atraso. “Sem olhar às cores partidárias, poderemos trabalhar com os irmãos do MPLA para se encontrar uma solução para a realidade do Lobito”, defendeu o deputado da UNITA, que se mantém em Benguela até amanhã, terça-feira. Alberto Ngalanela defendeu que o Programa de Combate à Pobreza no Lobito deve ser reajustado, devido à própria realidade do município. Lembrou que muitos projectos do referido programa são da responsabilidade do governo central, outros do provincial, ao passo que os demais são da alçada das autoridades locais. “Muitos destes (projectos) não têm o alcance desejado”, considerou.
Admitiu, no entanto, que o município do Lobito regista actualmente um certo desenvolvimento, se comparado com os anos anteriores. Defendeu, ainda assim, que se incentive a construção de novas infra-estruturas. (jornaldeangola.com)