
O confronto entre agentes e manifestantes que invadiram a reservada área ao desfile militar fez pelo menos seis feridos este sábado, no Rio de Janeiro, Brasil, segundo os bombeiros.
De acordo com a mesma fonte, não há registo de vítimas em estado grave de saúde. Um dos feridos é um fotógrafo do jornal “Estado de São Paulo”, atingido por um estilhaço de bomba de gás. Os outros tiveram de ser atendidos devido a tiros de bala de borracha e efeitos de arma de choque (teaser).
O dia da independência brasileira, comemorado este sábado, é tradicionalmente um dia de diferentes manifestações nas principais cidades, de grupos que pedem melhores condições para as minorias e criticam a corrupção.
Este ano, no entanto, a onda dos protestos vivida no país em junho motivou o agendamento de atos em mais de 140 municípios. No Rio de Janeiro, o confronto ocorreu quando manifestantes invadiram a área do desfile militar e foram reprimidos pela polícia. Oito pessoas foram detidas.
Na cidade de Maceió, no nordeste do país, a invasão do desfile por participantes de um protesto fez com que o evento fosse cancelado 40 minutos antes do previsto, mas não houve confrontos.
Em Brasília, o desfile militar ocorreu de forma tranquila, apesar de ter atraído pouco público (cinco mil, face a uma expetativa de 30 mil, segundo a polícia). Após a parada, um grupo de cerca de mil manifestantes reuniu-se na Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional.
A polícia chegou a usar gás pimenta para afastar os manifestantes do Congresso Nacional.
Em São Paulo, protesto do “Grito dos Excluídos” fez com que fossem encerradas algumas ruas da cidade, mas não houve registo de confrontos. (jn.pt)