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    Vírus da “pólio” é erradicado

    (Fotografia: JA)
    (Fotografia: JA)

    Angola pode estar livre da circulação do poliovírus selvagem daqui a dois anos, declarou em Brazzaville o ministro da Saúde, José Van-Dúnem. O ministro sublinhou que isso só vai ser possível caso não se registe nenhum caso de poliomelite nos próximos tempos.

    O governante disse que Angola está há mais de um ano sem casos de pólio, mas reconheceu que vai ter de continuar a trabalhar para não registar nenhum caso, melhorando assim a vigilância epidemiológica.
    José Van-Dúnem esclareceu que o país, para receber o certificado de eliminação da poliomielite, precisa de ficar três anos sem notificar casos de pólio. Só depois disso, disse, uma comissão internacional de verificação vai declarar o país livre da circulação do poliovírus selvagem.
    Outro elemento tem a ver com o esforço que o mundo, particularmente a África, vem fazendo para a erradicação da poliomielite.
    O ministro lamentou, no entanto, o facto de a Nigéria ser, no continente, o país que ainda se debate com o problema, devido à instabilidade que vive.
    “Os Estados que já conseguiram chegar até aqui, como Angola, têm de tomar medidas para não reimportarem o vírus de países da região africana como a Nigéria que ainda se mantém como o grande detentor do problema”, alertou. Estas medidas, disse José Van-Dúnem, passam por manter o sistema de vigilância epidemiológico muito activo, assim como uma vigilância ambiental, através da recolha da água dos esgotos. Defendeu também que se garanta uma vacinação de rotina a um nível de cobertura geral. A medida tem como objectivo criar imunidade de massas que impeçam a reimportação do vírus.
    O ministro considerou que, com a municipalização dos serviços de saúde, se transferiram os recursos e as responsabilidades para os municípios e agora não há razão para não se continuar a melhorar a vacinação de rotina, quer porque a cadeia de frio melhorou significativamente, quer porque há recursos a nível destas áreas para as acções de supervisão.

    Inclusão de mulheres

    O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, afirmou quinta-feira, em Brazzaville, que o Executivo angolano tem privilegiado a mulher nas suas políticas e programas de desenvolvimento. O ministro apontou como exemplos o programa de combate à pobreza, muito focalizado no apoio à mulher rural, a atenção especial na educação das mulheres, principalmente com as campanhas de alfabetização, bem como nos aspectos sanitários, como a introdução da vacinação contra o tétano em jovens e do cancro do colo do útero em adolescentes dos nove aos 13 anos de idade.
    “Neste encontro de Brazzaville, dois importantes temas discutidos disseram respeito ao desafio da saúde da mulher em África, e o relatório da comissão afim enfatizava que não há desenvolvimento humano sem se dar atenção à mulher, porque ela é o pilar da família e é incontornável para cuidar da saúde dos filhos”, sublinhou José Van-Dúnem, que chefia a delegação angolana que participa na sexagésima terceira sessão da Organização Mundial da Saúde para África.
    O ministro defendeu que se invista na formação da mulher enquanto jovem e que a mesma seja tida em devida conta nas políticas dos governos, para que assuma integralmente as suas responsabilidades.
    No caso particular de Angola, revelou que os indicadores de problemas na saúde materna estão a diminuir, acrescentando que, com os esforços realizados, os casos vão reduzir muito mais. “Se melhorarmos os aspectos ligados à informação, educação e prestação de cuidados e se se for maximizando a prevenção da doença e tratando de maneira muito eficiente os casos que chegam aos hospitais”, disse. (jornaldeangola.com)

     

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