
O Laboratório Central Agro-Alimentar de Luanda constatou, nos últimos meses, que a maior parte dos produtos importadas chega ao país em boas condições de consumo e se deteriora, em muitos casos, durante o processo de manipulação e deficiente conservação.
A informação foi prestada pelo chefe do Laboratório Central Agro-Alimentar do Ministério da Agricultura, José Correia Cabral, quando falava à imprensa durante a 1ª Jornada de Portas Abertas, que decorreu hoje (sexta-feira) nas instalações da instituição, em Luanda.
José Correia Cabral disse que, para se evitar que os produtos sofram alterações durante o processo de manipulação e conservação, é fundamental passar para os agentes que trabalham nesse processo a ideia da importância para a saúde desses alimentos chegarem
saudáveis à mesa do consumidor.
Existem, prosseguiu, pontos críticos de controlo que devem ser tomados em conta, do ponto de vista da análise de risco, com destaque para o comportamento dos comerciantes neste processo.
Os comerciantes devem saber que nessa cadeia da sua actividade o seu papel é o de manter os alimentos por forma a poderem ser consumidos sem qualquer risco para a saúde, frisou.
Para consciencializar os comerciantes da necessidade desse processo, informou que o Laboratório Central Agro-Alimentar está a divulgar junto das grandes superfícies comerciais a importância da implementação de um serviço que mantnha o sistema de manipulação dos alimentos de forma segura.
Quanto ao funcionamento da instituição, considerou que o laboratório teve uma evolução considerável, no período de Maio de 2012 a Agosto de 2013, que se consubstanciou na melhoria dos serviços prestados.
No período em referência, destacou a realização de, pelo menos, 50 mil análises de produtos alimentares diversos, o que equivale a 80 análises/mês.”Essa média se mantém e vária de acordo com a época e a consciência que os produtores e comerciantes vão tendo da
necessidade desse processo”.
Assegurou que o risco de consumo de produtos inapropriados e deteriorados, produzidos no país e de origem estrangeira, está a reduzir significativamente em Angola, de acordo com as análises realizadas pelo Laboratório Central Agro-Alimentar de Luanda.
José Correia Cabral apontou uma redução de 0,5 porcento de alimentos inapropriados à saúde.
Afirmou que a maior frequência de amostras impróprias foi registada no mês de Abril. Deste modo, prosseguiu, os dados demonstram que grande maioria dos produtos importados por Angola não representa risco à saúde dos consumidores.
José Correia Cabral informou também que metade dos produtos prejudiciais à saúde provém de carnes, representando 40 porcento. Esses bens de origem animal, depois de importados, facilmente se deterioram, em função da quebra da cadeia de frio durante a transportação.
Ressaltou que os alimentos importados constituem parte fundamental da dieta de todos os cidadãos, o que implica haver um rigoroso controlo sanitário desde o país de origem até ao destino final.
O laboratório realiza análises de produtos importados e nacionais, de ração animal, assim como da indústria de produção de água e cerveja.
A 1ª Jornada de Portas Abertas do Laboratório Central Agro-Alimentar do Ministério da Agricultura teve como propósito buscar maior intreracção entre os utilizadores dos serviços que presta e a instituição. (portalangop.co.ao)