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    Guiné Equatorial/CPLP: Falta consenso na comunidade

    (fonte:RNA)
    (fonte: RNA)

    O ministro das Relações Exteriores rejeitou que a questão da violação dos direitos humanos seja razão da inviabilização da entrada da Guiné Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    Georges Chikoti disse não ser uma questão decisiva, apesar da pena de morte estar ainda consagrada na Constituição da Guiné Equatorial. A decisão da adesão à CPLP depende daquilo que o país vai fazer para cumprir os requisitos exigidos.
    “Não tem sido muito consensual a forma como podemos admitir a Guiné Equatorial na CPLP”, disse Georges Chikoti. “Vamos olhar para o plano de acção da CPLP, pois, além da Constituição que institui a língua portuguesa como oficial, é fundamental que a Guiné Equatorial dedique algum esforço na a­prendizagem da língua portuguesa”, disse o ministro das Relações Exteriores.
    Falando à imprensa no final de um encontro com a direcção da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, o ministro disse esperar que a Guiné Equatorial faça mais progressos internos para satisfazer a vontade de todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, no quadro do seu plano de acção. “Se provar que é um país onde se fala o português e que de facto o ­português está institucionalizado, os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa podem apoiar a integração no organismo lusófono”, disse  o ministro Georges Chikoti.
    O ministro das Relações Exteriores defendeu em Lisboa mais investimentos angolanos em Portugal, “por ser um momento oportuno para que os empresários encontrem espaços” em ambos os países. “Há áreas de interesse como no comércio, turismo, agricultura e indústria, que devem interessar aos investidores angolanos”, afirmou o ministro Georges Chikoti, no final do encontro com a direcção da ­Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, no quadro da sua visita oficial de três dias a Portugal.
    O chefe da diplomacia angolana disse ter sido informado da existência já “de um número bastante elevado de empresários angolanos em Portugal, muitos dos quais compraram fábricas e há outros que estão interessados em investir”. O ministro recordou que “há também empresários portugueses a investir em Angola e é desta forma que podemos dinamizar sectores que não dominamos, para que o país se possa consolidar e também exportar”.
    Georges Chikoti defendeu que o sector empresarial, nos dois países, precisa de ver o seu trabalho a crescer e manifestou-se animado pelo facto dos empresários portugueses estarem também interessados em investir na indústria e na agricultura angolanas.
    O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, Carlos Bayan Ferreira, regozijou-se por existir “um interesse cada vez maior de investimento recíproco de empresários portugueses e angolanos”, elogiando as parcerias que têm sido desenvolvidas.
    Ao fazer um balanço do comércio entre os dois países, Bayan Ferreira considerou um “dado muito interessante” o facto de, no primeiro semestre deste ano, Angola ter exportado mais do que Portugal, “o que demonstra que Angola vai crescer ainda mais”. (Jornal de Angola)

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