
Brazzaville – O director regional da Organizacao Mundial da Saúde(OMS), Luís Gomes Sambo, realçou quarta-feira , em Brazzaville , o facto de os países africanos serem os menos capazes de fazer face aos desafios colocados pelo cancro, resultantes da falta de recursos e conhecimentos.
Ao intervir no evento paralelo sobre o tema “O reforço das capacidades de gestão dos cancros na região africana, disse que a falta de profissionais formados , apoio e infra-estruturas estão na base desta problemática
Luís Gomes Sambo disse que o tratamento do cancro pode ser excessivamente dispendioso e nem sempre é oferecido pelos serviços de saúde dos Estados membros.
” A maior parte dos africanos não tem acesso a despistagem, diagnóstico precoce , tratamento ou cuidados paliativos do cancro e muitas nações africanas não dispõem de nenhum especialista em oncologia para toda a população.
Na ocasião, os ministros da Saúde e os chefes das delegações salientaram a incidência do cancro nos seus países , bem como os desafios enfrentados, incluindo a administração e governação limitadas , regulamentação e aplicação da lei inadequadas.
Apontaram também os recursos humanos e financeiros insuficientes para a prevenção e controlo do cancro , onde para além disso a insuficiência de infra-estruturas e equipamentos, a rápida transformação tecnológica e as fracas parcerias entre os sectores publico e privados dificultam as intervenções de grande envergadura para a prevenção e controlo do cancro na região.
Os delegados recomendaram que a despistagem preventiva , o tratamento e a cura do cancro fossem incluídos no pacote de benefícios oferecido as pessoas pobres, rumo a cobertura universal da saúde , acrescentando a constituição de um grupo de trabalho para preparar a criação de uma rede para o reforço das capacidades no âmbito da prevenção e do controlo desta doença.
A identificação de centros de excelência de gestão do cancro , a melhoria do acesso aos medicamentos contra o cancro e a preparação de um roteiro para acelerar o desenvolvimento das capacidades para a luta contra o cancro nos países são alguns dos aspectos a serem incluídos.
Angola faz-se representar na 63ª sessão da OMS/AFRO, aberta segunda-feira e com termo previsto para sexta-feira, pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem. (portalangop.co.ao)