
O director regional da OMA/AFRO, o angolano Luís Gomes Sambo, anunciou hoje, quarta-feira, em Brazzaville, que o Fundo Africano para as Emergências de Saúde Pública está, presentemente, operacional.
O responsável, que falava na 63ª sessão da organização, acrescentou que cinco países da região já contribuíram com 1,7 milhões de dólares americanos.
Segundo Luís Gomes Sambo, no quadro da preparação da resposta as epidemias e emergências de saúde pública, os países da região receberam apoio para intensificarem a vigilância integrada das doenças e a gestão dos riscos.
O fundo foi criado há quase quatro anos para apoiar situações de emergência de saúde pública que possam acontecer num dos países da região africana.
De acordo com Luís Gomes Sambo, no decurso dos dois últimos anos se registaram progressos na região, mormente no reforço dos sistemas de saúde, uma condição necessária à prestação de cuidados de saúde de qualidade e à consecução da cobertura sanitária universal.
“Estes progressos foram possíveis graças a reorientação dos serviços de saúde em África, que atribuíram prioridade aos cuidados de saúde de base”, disse.
Por exemplo, para dar resposta a crise dos recursos humanos, a OMS trabalhou com péritos dos países da região, para traçar o roteiro regional que deverá levar os países a aumentarem o quadro do pessoal de saúde.
Com a finalidade de aumentar os investimentos e de optimizar a utilização dos recursos financeiros no sector da saúde, a OMS organizou, em 2012, juntamente com as agências da HHA (Harmonização para a Saúde em África), uma conferência dos ministros africanos da Saúde e das Finanças, apoiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Dessa conferência resultou a Declaração de Tunis, que defende a intensificação do diálogo e a colaboração entre os sectores da saúde e das finanças.
Para promover o reforço dos sistemas nacionais de informação sanitária, o Escritório Regional criou o Observatório Africano da Saúde e definiu um quadro que permite orientar a criação de Observatórios Nacionais de Saúde.
No quadro dos programas centrados na saúde da mãe, do recém-nascido, da criança e da saúde reprodutiva, sob a liderança da Presidente da República da Libéria, Helen Johnson Sirleaf, a Comissão da Saúde da Mulher na Região Africana apresentou o seu relatório intitulado: Enfrentar o Desafio da Saúde da Mulher em África, que convida os governos a intensificarem as suas acções, com vista a acelerarem a redução da mortalidade materna e neonatal.
“Hoje, a varíola está erradicada, a doença do sono está confinada a algumas bolsas isoladas, a oncocercose está sob controlo, a lepra foi eliminada, o número de casos notificados de poliomielite diminuiu consideravelmente e encontramo -nos em vésperas de erradicação da doença do verme da Guiné”, disse. (portalangop.co.ao)