
Brasil caiu oito posições no ranking e voltou ao nível de 2009. Estudo foi coordenado pela Fundação Dom Cabral com 148 países.
O Brasil perdeu oito posições no Ranking Global de Competitividade e voltou ao mesmo nível de 2009.
A safra de grãos foi recorde, mas é em direção ao porto que o produtor perde a competitividade conseguida na fazenda. O produtor Jayme Farinon disse que 10% da safra colhida esse ano foram usados para pagar o transporte, que está mais caro e mais demorado.
“O caminhão uma vez fazia daqui ao porto de Paranaguá em cerca de dois dias a dois dias e meio. Hoje, está levando de quatro a cinco dias uma viagem dessa. Nós não temos escoamento e isso vai prejudicando todas partes”, diz Farinon.
Um estudo coordenado pela Fundação Dom Cabral com 148 países diz que o pouco investimento em infraestrutura é um dos fatores que estão minando a competitividade da economia brasileira. Inflação e a falta de reformas são outros problemas para as empresas que atuam no país.
Segundo o relatório, o Brasil caiu oito posições no ranking das economias mais competitivas do mundo e voltou ao nível de 2009. Entre os cinco países do grupo dos Brics, os emergentes, a China, que está em 29º lugar, continua liderando o ranking da competitividade. Depois, vem a África do Sul, que caiu uma posição em está em 53º lugar. O Brasil, em 56º lugar, teve a queda mais brusca entre os emergentes. A Índia, em 60º lugar, também caiu uma posição. A Rússia, em 64º lugar, foi a única que subiu no ranking.
“É como um carro andando com pé no freio. Ele gera um calor desnecessário. Essa é a situação do Brasil. O carro está andando, mas ele está com pé no freio gerando calor e esse calor é perda. E nosso caso, ele é perda de valor agregado pra sociedade, seja de padrão de vida, de riqueza, no presente e no futuro. E isso que nós estamos comprometendo”, diz Carlos Arruda, coordenador do ranking no Brasil da Fundação Dom Cabral. (g1.globo.com)
por Renata Ribeiro