
O presidente sírio ameaça retaliar se a França participar num ataque ao regime de Damasco. Numa entrevista ao jornal francês “Le Figaro”, publicada na íntegra na edição desta terça-feira, Bashar al-Assad declarou que, “uma vez que a política do Estado francês é hostil ao povo sírio, esse Estado será seu inimigo” e que “haverá repercussões negativas sobre os interesses da França.”
Na segunda-feira o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, reiterou a determinação do governo em sancionar o regime de Bashar al-Assad mas sublinhou que a França não vai agir sozinha e que o presidente François Hollande “está a trabalhar para reunir uma coligação o mais rapidamente possível”.
Na quarta-feira vai haver um debate sem direito a voto no parlamento de Paris, o que não impede uma votação em data posterior. A França está nas mãos dos Estados Unidos depois do presidente Obama pedir ao Congresso para se exprimir sobre uma intervenção armada, o que vai acontecer depois do dia 9 de setembro.
Na Turquia, o porta-voz do governo assegurou que o executivo tem um mandato para agir na Síria, dado pelo parlamento de Ancara. Mas, se for necessário, o gabinete de Recep Tayyp Erdogan pedirá aos deputados para sufragarem um novo mandato para defender os interesses do país, sublinhou Bulent Arinç.
A decisão sobre um ataque punitivo à Síria devido à alegada utilização de armas químicas por parte do regime de Damasco encontra-se cada vez mais longe dos corredores da ONU. Até porque a Rússia, tradicional aliada da Síria, nunca irá aprovar uma resolução do Conselho de Segurança nesse sentido. (pt.euronews.com)