Viaturas estacionadas em cima dos passeios, buracos e entulho resultado de obras inacabadas, vendedoras que montam barracas e fazem dos passeios pequenos mercados, são cenas de todos os dias na cidade e que criam grandes transtornos aos peões que circulam em Luanda.
A capital é um “mar de transgressões”. Todos os dias, automobilistas estacionam as suas viaturas nos passeios, impossibilitando a circulação de peões, que são obrigados a disputar a faixa de rodagem com os carros.
Outro problema que impede os transeuntes de circularem livremente e com segurança nas ruas são os buracos e amontoados de entulho nos passeios, resultado de obras nunca concluídas. Perduram meses e meses até que alguém tenha a audácia de reclamar e ver o problema resolvido.
Os lavadores de carros transformam os passeios em pequenos rios que correm pelas ruas, deixando as vias alagadas e lamacentas. São vistos, todos os dias. Esta actividade “comercial” nem precisa de denúncias. A transgressão acontece a céu aberto e à vista de todos. Há passeios que foram transformados em propriedades privadas. Algumas casas comerciais ocupam os passeios e colocam barreiras aos peões, para que circulem no meio do trânsito. Há casos de guardas que colocam as suas cadeiras no meio do passeio e ninguém passa. A sede da Comissão Administrativa de Luanda foi reabilitada. À sua frente o passeio é largo e espaçoso. Mas alguém colocou no meio do passeio sinais de trânsito e grandes vasos com plantas. Joana Martins, residente no Bairro Azul, vê-se obrigada a desviar-se do passeio sempre que decide passear com a sua bebé no carrinho. É impossível circular porque os passeios são parques de estacionamento e é obrigada a disputar a faixa de rodagem com os carros, o que representa um perigo. (jornaldeangola.com)
Nilza Massango