
Presidente Dilma Rousseff vai encontrar Barack Obama na reunião do G20. Brasil espera resposta sobre a denúncia até o próximo fim desta semana.
A presidente Dilma Rousseff já embarcou para reunião do G20 na Rússia, onde vai se encontrar pela primeira vez com o presidente Barack Obama depois das denúncias de espionagem.
O governo brasileiro cobrou uma explicação por escrito das autoridades americanas.
Essa decisão vai depender da resposta que o governo americano vai dar a esse pedido formal de explicações, feito pelo governo brasileiro. O Brasil espera uma resposta até o fim desta semana, sobre a denúncia de espionagem, que atingiu até a presidente Dilma Rousseff.
Eram dez da noite quando a presidente Dilma deixou de helicóptero o Palácio da Alvorada, depois de um dia de reuniões com ministros. De lá seguiu para base aérea.
Até sexta-feira (06), a presidente Dilma vai estar na Rússia, na reunião do G-20. Onde também estará o presidente Barack Obama. Uma brecha nas duas agendas poderá ser a chance da primeira conversa sobre as denúncias de espionagem.
Mas isso, por enquanto, é apenas expectativa. A presidente tem uma viagem programada para os Estados Unidos em outubro, que pode vir a ser cancelada, dependendo das explicações dadas pelo governo norte americano.
Explicações que o ministro das Relações Exteriores solicitou formalmente ao embaixador dos Estados Unidos, durante encontro fechado que os dois tiveram na manhã desta segunda-feira (02).
“Muitas vezes se acha que diplomacia é dar um jeito de explicar as coisas de forma sinuosa. Não é assim, não. As coisas quando têm que ser ditas de forma clara, elas são ditas de forma muita clara e foram ditas de forma muito clara”, diz Luiz Alberto Figueiredo, ministro das Relações Exteriores.
No México, o ministro das Relações Exteriores também disse que vai exigir explicações do governo americano.
Documentos, a que o Fantástico teve acesso, revelam que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos monitorou o conteúdo de telefonemas, e-mails e mensagens de celular da presidente Dilma Rousseff e de assessores, e do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, durante a campanha eleitoral.
O ministro Da justiça classificou de inadmissível a espionagem. “Não se pode aceitar violação de soberania e que cabe a um governo cuidar para que sua soberania seja respeitada. Vamos aguardar a posição dos Estados Unidos da América, as informações, as declarações que eles têm que fazer, e partir daí evidentemente medidas que devam ser tomadas, além dessas que já anunciamos, serão reveladas, ditas e anunciadas pelo governo”, declara José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça.
O Congresso também reagiu. Os senadores prometem instalar hoje a CPI para investigar essas denúncias de espionagem. (g1.globo.com)
por Cristina Serra