Cidade da Praia, 02 Set – Cabo Verde defende o diálogo, a negociação e a solução pacífica de conflitos, disse hoje o primeiro-ministro, José Maria Neves, ao ser questionado sobre uma eventual intervenção internacional na Síria.
“Nós encorajamos o diálogo no quadro das Nações Unidas e a resolução negociada do conflito sírio, tendo em atenção a complexidade da situação e o impacto que o recrudescimento da guerra poderia trazer para a humanidade, não só do ponto de vista social, mas também do ponto de vista económico”.
O primeiro-ministro fez estas declarações à margem de um encontro que teve com um grupo e de promotores da criação da Academia Cabo-verdiana de Letras (ACL).
O secretário-geral da NATO defendeu hoje que a comunidade internacional deve dar uma “resposta firme” ao uso de armas químicas na Síria, mas descartou qualquer acção da organização que vá além da projecção de mísseis na Turquia.
“A minha opinião pessoal é que a comunidade internacional deve dar uma resposta firme, senão daremos uma reposta perigosa aos ditadores do mundo de que podem usar armas químicas”, afirmou Anders Fogh Rasmussen, citado pela Lusa.
O líder da Aliança Atlântica, que falava em Bruxelas, na habitual conferência de imprensa mensal, sublinhou que o uso de armas químicas está “banido do mundo civilizado” e “não pode ter lugar no século XXI” e que a comunidade internacional não pode apenas “ficar a ver”.
Durante o encontro com os jornalistas, Rasmussen condenou por diversas vezes o uso de armamento químico, apontando-o como especialmente nocivo.
“As armas químicas podem facilmente ser transformadas em armas de destruição em massa”, disse. (inforpress.publ.cv)
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