
Brazzaville – O número de pessoas idosas que enfrentam risco acrescido de contrair doenças crónicas, incapacidade e morte prematura tem aumentando significativamente na região africana, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao analisar o tema envelhecimento saudável na região africana “análise da situação e perspectiva”, a OMS refere que os desafios e os problemas relativos ao envelhecimento incluem a vontade e empenho político limitado para responder adequadamente às alterações demográficas que se verificam e que são caracterizadas por uma população cada vez maior de pessoas idosas nos países com serviços de saúde inadequados.
Salienta ainda as desigualdades com base no género e disparidade em termos de poder económico, estado nutricional comprometido das pessoas idosas, aumento da vulnerabilidade durante situações de emergência e a diminuição do apoio por parte da família.
Pelo facto, propõem-se algumas acções para abordar os desafios identificados, nomeadamente aumentar a vontade e o empenho político, promover parcerias para uma abordagem holística e multissectorial.
De acordo com a organização, deve-se reforçar a prestação adequada de serviços para as pessoas idosas, com cuidados preventivos, paliativos e especializados necessários, como conceber mais sensíveis ao género e aumentar a sensibilidade para a necessidade de melhorar o apoio da família e da comunidade para os idosos.
Adianta ainda que o envelhecimento saudável é o desenvolvimento e a manutenção das funções e do bem-estar mental, social e físico na terceira idade”, sublinhando que as pessoas idosas são definidas como aquelas que têm idade igual ou superior a 60 anos.
Estimada em 43 milhões, em 2010, as projecções apontam para que a população de pessoas idosas na África subsariana venha a atingir os 67 milhões até 2025 e mais tarde os 163 milhões.
Até ao ano 2020, as doenças não transmissíveis vão figurar entre as principais causas de morbilidade na região africana, afectando sobretudo os idosos.
Esta situação está a causar uma pressão adicional nos sistemas de saúde já sobrecarregados dos países.
“Embora uma mulher de 60 anos de um país desenvolvido possa esperarviver mais 25 anos, em media, a sua homóloga na África subsariana pode apenas esperar viver mais 14 anos”.
A assembleia mundial da saúde, em 2005 e 2012, exortou os países a melhorarem os serviços de cuidados para as pessoas idosas, no âmbito dos sistemas nacionais de cuidados de saúde primários.
Consideram que o envelhecimento está a tornar-se num grande desafio para os membros no século XXI , à medida que vai aumentar a procura por toda uma variedade de serviços de saúde para a terceira idade. (portalangop.co.ao)