
Muxima – Oitocentas pessoas foram assistidas, desde a noite de sexta-feira até a presente data, no Hospital Municipal da Quiçama, com patologias diversas, na peregrinação ao Santuário da Nossa Senhora da Muxima, com o seu término previsto para domingo.
A informação foi avançada hoje, pela directora provincial da saúde, Rosa Bessa, durante uma conferência de imprensa, realizada para avaliar o grau de asseguramento da peregrinação que congrega centenas de devotos provenientes de várias províncias e do estrangeiro.
De acordo com a médica, das 800 pessoas assistidas, até ao momento, duas mulheres estão internadas com problemas ginecológicos, assim como transferiu-se uma criança com epilepsia e um caso de trauma.
Informou que as patologias mais frequentes são a hipertensão arterial e diarreias agudas, associadas à intoxicação alimentar, assim como a malária.
Fez saber que de momento não há razões de preocupações, pois foram criadas condições técnicas, humanas e fármacos suficientes para acudir a demanda.
Disse que a sua equipa é heterogénea, com cem profissionais em ginecologia, medicina integral, psicólogos clínicos, técnicos de laboratório e enfermeiros, licenciados em medicina, incluindo médicos locais.
Para o efeito, duas ambulâncias, três clínicas móveis e quatro postos avançados vacinaram duas mil pessoas com pentavalente, pneumo13 e poliomielite.
Informou igualmente que, de uma forma geral, as equipas estão motivadas e, no âmbito do programa da Direcção Provincial “Educação para Saúde”, continuam a sensibilizar os cidadãos sobre os cuidados devidos com a água, tendo reprovado os pais que entregam velas acesas aos filhos menores.
Chamou atenção aos vendedores no sentido de evitarem a comercialização de alimentos doces no meio da multidão, pois estes têm atraído muitos insectos.
“Ontem tivemos um caso com uma jovem que lhe terá entrado num dos ouvidos um insecto, dos vários encontrados na sua tenda, supostamente por comercializarem próximo desta guloseimas que os atraem”, disse.
Por outro lado, os profissionais de saúde estão a sensibilizar as mulheres sobre a necessidade do auto-exame da mama, que deve ser feito obrigatoriamente no quinto dia após a menstruação.
“Estamos a ensinar como se faz o auto-exame e se for detectado algum caso damos alguma assistência e em caso de complicação transferimos para o hospital de oncologia”, disse. (portalangop.co.ao)