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    Missão cumprida com brio

    (Fotografia: Dombele Bernardo)
    (Fotografia: Dombele Bernardo)

    O chefe do Esdado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Geraldo Sachipengo Nunda, defendeu ontem uma maior conjugação de esforços no aperfeiçoamento das bases estruturantes de protecção das populações em ambientes de guerras ou calamidades naturais.

    O general Nunda, que falava no incerramento do exercício aéreo militar Zambeze Azul, que envolveu os Estados membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral – SADC, acrescentou que, com a realização do exercício, os países membros são capazes de cumprir as suas missões no ambito do comíté da defesa e segurança da União Africana e da SADC.
    “Estes níveis vão ser ainda mais eficientes, se cada força aérea participante fizer de cada cenário do exercício uma lição e fonte de inspiração para o melhoramento dos exercícios futuros”, disse.
    Destas grandes missões, acrescentou o general Nunda, destacam-se o aumento da capacidade de intervenção das forças da SADC na sua integração regional, o aprimoramento dos efectivos das forças em matéria de intervenção, operações de manutenção e imposição da paz, o planeamento e execução de missões, ajudas humanitárias às populações em zonas de guerras, a condução de acções em operações de busca e salvamento em cenários de sinistros ou calamidades naturais.
    O reforço da cooperação no domínio da defesa e segurança do espaço geoestratégico regional, a elevação do coeficiente de disposição técnica dos meios aéreos e de apoio das forças aéreas dos países membros do Comité Permanente da Aviação Militar da SADC, são outras grandes missões destacadas pelo general Nunda. O chefe do Estado-Maior das FAA afirmou que a realização do exercício em solo angolano constituiu um motivo de orgulho para Angola e que vai ficar registado para sempre na história dos esforços comuns de preparação dos Estados membros da SADC nos assuntos inerentes às ajudas humanitárias em zonas de conflitos.
    “Quando aceitamos organizar este exercício estavámos conscientes de que se tratava de um desafio para a Força Aérea Nacional, para as Forças Armadas Angolanas e para o país em geral, mas estávamos também convictos de que não seria uma tarefa dificil. Aceitamos o desafio, arregaçámos as mangas e engajámo-nos com maior dedicação, determinação e firmeza”, disse.
    Apesar do progresso alcançado com os exercícios realizados, os desafios ainda são muitos para a Força em Estado de Alerta (Stand By Force, na designação inglesa) da SADC, para atingir a capacidade operacional total. A afirmação é do chefe do Estado-Maior do “Planeamento da Força em Estado de Alerta” da SADC, Paulo Falcão.

    Força em Estado de Alerta

    Paulo Falcão disse que o exercício Zambeze Azul veio demonstrar a qualidade e capacidade de execução das missões. “Estamos orgulhosos porque aprendemos com os exemplos do passado e trabalhamos no presente a preparar o futuro. Hoje, somos nós que diariamente temos a responsabilidade de monitorar a execução das missões. Somos todos nós integrados numa grande força, coesa, disciplinada e unida para a concretização da visão da SADC”, disse.
    Os objectivos do exercício, disse, apoiam a visão da SADC em criar um futuro partilhado, num ambinete de paz, segurança e estabilidade, cooperação e integração regional baseado na equidade, benefício mútuo e solidariedade. “Há décadas que a região austral tem estado a desenvolver e a fortalecer a cooperação regional no sector da defesa, contribuindo de modo significativo para a paz e estabilidade prevalescentes na região, o que constitui um pré-requisito fundamental para o seu desenvolvimento socioeconomico”, finalizou.
    Angola, África do Sul, Namíbia, Zimbabwe, Botswana, o grupo de “Planeamento da Força de Alerta” da SADC, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Malawi foram os autores do exercício Zambeze Azul, que decorreu de 22 a 31 de Agosto, sob o lema “Realizemos o exercício aéreo Zambeze Azul para consolidar a integração regional dos países da África Austral”.
    As manobras também reflectiram os objectivos nacionais e de integração regional, de aquisição de valências no treino de forças, no aumento de grupos de segurança de voo, na elevação do coeficiente de distribuição técnica dos meios aéreos e no melhoramento das infra-estruturas que devem albergar o exercício.
    O exercício visou ainda testar a inter-operabilidade e compatibilidade dos meios aéreos da SADC, exercitar os comandantes e Estados-Maiores na sua relação com a imprensa, bem como actualizar a doutrina colectiva e acordos de segurança. (jornaldeangola.com)

    Por Yara Simã

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