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Foi tudo muito rápido, como tinha avisado Rodrigo Costa: em três dias, a nova Zon Optimus acertou participações, mudou de acionistas e nomeou uma nova administração. E se a maior surpresa foi a saída de Rodrigo Costa dos pelouros executivos – o ex-CEO da ZON fica apenas como administrador não executivo -, a nova estrutura de gestão foi, como se previa, equilibrada ao milímetro por Isabel dos Santos e Paulo Azevedo.
Para presidente do conselho de administração, a empresária angolana escolheu o seu advogado e sócio da PLMJ Jorge Brito Pereira, mas o CEO será Miguel Almeida, ex-presidente da Optimus. No resto do conselho de administração, a divisão é quase simétrica: há quatro administradores Zon (incluindo o chief financial officer e o chefe de operações) e três ex-Optimus. Na comissão de vencimentos, o mesmo equilíbrio: Mário Silva, administrador de Isabel dos Santos na Zopt, fará par com Ângelo Paupério, CEO da Sonaecom.
Esta divisão também reflete o novo equilíbrio de poderes na Zon Optimus, depois do aumento de capital que ficou fechado esta semana. Com um novo acionista maioritário – a Zopt, onde Isabel dos Santos e a Sonaecom têm 50% cada -, os restantes acionistas viram as suas participações diluídas. Para isso foi necessário que os acionistas dispensassem o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA), já que a nova Zopt passa a ter, de facto, uma posição de controlo. Ontem, em comunicado, a Zopt congratulava-se por “ter sido possível constituir uma equipa de gestão de inegável competência e homogeneidade, que assegura as melhores perspetivas para a nova empresa”. (dinheirovivo.pt)