
Dos 13011 professores dos quadros que concorreram à mobilidade interna obtiveram colocação nas escolas 83 %, indica esta sexta-feira o Ministério da Educação e Ciência (MEC).
Ainda assim ficaram sem turma atribuída, ou seja, com horário zero, 2185 docentes do quadro, mais 313 do que no ano passado.
Estes terão prioridade em relação dos professores sem vínculo, que só saberão se têm emprego na segunda semana de Setembro.
Na análise que faz ao resultado do concurso nacional para a mobilidade interna, cujos resultados foram conhecidos esta sexta-feira, o MEC congratula-se com um “melhor aproveitamento dos recursos humanos”, na sequência da redução do número de Quadros de Zona Pedagógica (QZP) de 23 para dez e do consequente alargamento da área territorial de cada um.
Aquela alteração tem sido criticada por sindicatos,na medida em que os professores de Quadro de Zona Pedagógica (obrigados a concorrer a um dos quadros e a uma escola de outro) podem, agora, ficar colocados a centenas de quilómetros da área de residência. No comunicado divulgado esta sexta, o MEC, pelo contrário, sublinha que ela proporcionou uma melhor gestão dos recursos e a colocação de 86 por cento dos 9876 professores de QZP que se candidataram à colocação.
Apesar de continuarem a existir professores sem turma atribuída, ficaram por preencher 6437 dos 17 263 horários lançados pelas escolas. Isto está relacionado, indica o MEC, com a persistência de “um grande desequilíbrio entre as necessidades das escolas e os docentes disponíveis nas respectivas zonas pedagógicas”.
“É possível encontrar concentrações de horários em determinados grupos de recrutamento de uma determinada zona pedagógica que ficaram por preencher e um grande número de docentes desses mesmos grupos que não obtiveram colocação noutras zonas”, indica.
O MEC informa que os horários que ficaram por preencher serão reavaliados pelas escolas, que, se for caso disso, os enviarão de novo para a Direcção-Geral da Administração Escolar. Esses horários, e outros que venham a surgir voltarão a ser disponibilizados aos professores que agora ficaram sem componente lectiva.
Só os que não forem preenchidos, os que sobrarem, poderão ser ocupados pelos professores contratados, como são conhecidos os professores sem vínculo. Quer estes quer os docentes do quadro que ainda estão com horário-zero terão conhecimento dos resultados por ocasião da primeira reserva de recrutamento, que ocorrerá “na segunda semana de Setembro”. (publico.pt)
Graça Barbosa Ribeiro