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    Caminhada de carroças entre as inovações da feira do artesanato do Dondo

    (Fotografia: Domingos Cadência)
    (Fotografia: Domingos Cadência)

    Uma caminhada de cavalaria de mercadores, transportando carroças carregadas de produtos diversos, num percurso de três quilómetros, consta das inovações introduzidas pelo Ministério da Cultura, no âmbito da realização da IV edição da feira do artesanato do Dondo, a decorrer de 29 de Agosto a 1 de Setembro.

    Segundo o director provincial da cultura, David João Buba, a caminhada que terá como ponto partida o Morro S, periferia da cidade do Dondo, deverá passar por algumas artérias da urbe até ao rio Kwanza, onde está localizado o cais do antigo Porto da Cabotagem, onde eram feitas a cargas e descargas das mercadorias transportadas por via fluvial.

    O responsável esclareceu que o local onde deverá culminar a actividade era anteriormente usado para a prática de permutas entre mercadores oriundos do Leste, Norte e Centro de Angola, cujos produtos transaccionados eram transportados por via fluvial a partir da região do Baixo Kwanza, Kambambe, passando por Massangano, Muxima e Barra do Kwanza em direcção ao Oceano Atlântico.

    Segundo a fonte, a encenação visa reviver a prática dos ancestrais, com o ano 1725 em destaque, por ser a data em que se realizou a primeira feira do Dondo, com a participação de comerciantes organizados em caravanas idos das regiões das Lundas Norte e Sul, Malanje e da Quibala ( Kwanza Sul).

    Outra inovação , referiu, será a demonstração da técnica de exploração do palmar que será feita por trepeiros do município de Ngonguembo (Kwanza Norte), dedicados à exploração do marufo (bebida natural extraída da palmeira) e do dendém, bem como o modo de tratamento e conservação da palmeira, comparativamente à prática usada em outros municípios da província, por onde foram desterrados vários compatriotas angolanos por altura do tráfico negreiro.

    Após a colheita do marufo que será entregue à comitiva governamental encabeçada pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, os trepeiros deverão ainda fazer uma demonstração sobre o aproveitamento do ramo de palmeira, tido como uma das principais matérias primas para a construção de casas que serviram de abrigo para os escravos nas roças de café e da cana- de-açúcar em Angola e no Brasil.

    Indicou que contrariamente as edições anteriores, a presente edição inclui excursões terrestres e fluviais integradas por 17 guias turísticos, encarregues de apresentarem os aspectos históricos e culturais, que conformam edifícios e lugares da cidade do Dondo e Kambambe, bem como o curso navegável do Rio Kwanza até as imediações de Massangano.

    David Buba disse que tudo será feito em torno de uma apresentação mais exaustiva para convencer aos visitantes sobre a importância que encerra a feira do artesanato, que se torna numa tradição para a cidade do Dondo. (portalangop.co.ao)

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