“Bob Dylan: Face Value” é o título da primeira exposição de retratos do músico, que revela o seu outro lado como artista, que a National Portrait Gallery de Londres, acolhe, desde, ontem, até 5 de Janeiro.
Os representantes de museu avisaram, na sua página, que os quadros não abordam “figuras da vida pública britânica, do passado ou do presente, nem são obras de um retratista em actividade”.
São o outro lado de Bob Dylan “que temos vindo o conhecer nos últimos tempos. Cada quadro representa personagens, com uma amálgama de traços que Bob Dylan recolheu da sua vida, memória e imaginação e estilizou em imagens de pessoas, umas reais e outras imaginárias”, explicou a National Portrait Gallery de Londres.
A instituição teve ainda o cuidado de alertar para o facto dos 12 retratos em exposição seremproduto das memórias e experiência de vida de um cantor e não um pintor. O músico procura com a nova mostra redimir-se das repercussões que a sua última exposição, “Asian Series”, exibida na Gagosian Gallery, em Nova Iorque, causou, quando os críticos denunciaram que as obras expostas não tinham, propriamente, resultado das suas viagens pela Ásia: eram inspiradas em fotos de décadas passadas e não tinham a autoria do cantor.
A nova exposição, denominada “Bob Dylan: Face Value”, tem curadoria de Sarah Howgate, responsável por exposições de retratos de David Hockney ou Lucien Freud na National Portrait Gallery. “É um novo passo na afirmação de Dylan enquanto pintor”, disse a responsável.
Quanto à música, depois da edição de um novo álbum de originais, “Tempest”, em 2012, Bob Dylan vai fazer um novo mergulho nos seus arquivos com a edição de “The Bootleg – Another Self Portrait”, CD lançado originalmente em 1970.
O disco, na altura, “amaldiçoado” pela crítica, pelo público e na historiografia oficial de Dylan, chega ao mercado, dia 27, com 35 gravações e alguns temas antigos de country e folk, ao lado de versões contemporâneas. (jornaldeangola.com)