O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Edeltrudes Costa, disse ontem em Luanda que foram registados “avanços consideráveis” no Plano de Acção Nacional Educação para Todos.
Discursando na abertura do Fórum Nacional da Educação para Todos, que decorre até amanhã no Centro de Convenções de Talatona, o ministro de Estado afirmou que a taxa de alfabetização entre 2001 e 2012 subiu de 50 para 65,6 por cento, o que contribuiu para a redução do analfabetismo de 50 para 34,4 por cento naquele período.
Edeltrudes Costa, que representou o Vice-Presidente da República na cerimónia, disse que entre 2001 e 2012 a taxa de alfabetização das mulheres também registou uma subida na ordem de 30 para 51,9 por cento.
O Chefe da Casa Civil da Presidência da República informou que a taxa líquida de escolarização, que se situava na ordem dos 38,1 por cento em 2001, aumentou para o dobro em 2012, tendo atingido os 76,3 por cento. Acrescentou que esta taxa, há 12 anos, situada em 41 por cento para os rapazes, e 35 por cento para as meninas, cresceu para 77,2 por cento e 75,4 por cento, em 2012.
O ministro de Estado falou da eficácia interna do ensino primário, que registou melhorias na taxa de rentabilidade, na ordem dos 30 por cento em 2001 para 62,3 por cento o ano passado.
“Desejamos que, com o apoio da UNESCO, possamos melhorar ainda mais o nosso desempenho em prol de uma Educação para Todos”, afirmou Edeltrudes Costa, para quem a criação, pelo Chefe de Estado, das Comissões Nacionais da Alfabetização e de Luta contra Pobreza, do Plano nacional de Formação de Quadros e a execução de outras iniciativas inseridas no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 constitui prova inequívoca do modo como as autoridades angolanas encaram as suas responsabilidades na luta contra a iliteracia até 2025.
O ministro da Educação, Pinda Simão, disse que a instituição que dirige implementa o Plano de Educação para Todos desde 1990, com o objectivo de proporcionar aos angolanos um sistema educativo assente em parâmetros universais.
Pinda Simão disse no Fórum Nacional de Educação para Todos que a reunião de especialistas é um desafio para todos que olham o presente com criatividade, a repensar nos actuais modelos educativos.
O ministro lembrou que o fórum se propõe reforçar a mobilização dos diferentes actores públicos, sociais e privados para atingir os Objectivos do Milénio, e a promoção de conhecimentos e competência susceptíveis de contribuírem para dar respostas eficazes em relação aos domínios onde se registam baixos índices de desempenho educativo.
Pinda Simão considera que apesar dos progressos registados na África subsariana, no domínio da educação, a maioria dos países africanos não vai conseguir atingir os objectivos da Educação para Todos até 2015. Salientou que dos 44 países da África subsariana, apenas 12 têm possibilidade de conseguir atingir a meta, caso redobrem esforços. Defendeu acções urgentes e estratégicas de modo a melhorar a mobilização das vontades ao nível político e financeiro no âmbito nacional, internacional e regional.
O ministro da Educação anunciou para finais deste mês a realização de fóruns provinciais, para se apurar a realidade objectiva do sector em cada província e município.
Participaram na abertura do fórum deputados, membros do Executivo, sociedade civil, entidades eclesiásticas e responsáveis do Ministério da Educação. (jornaldeangola.com)
Garrido Fragoso
