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    Ministro português amanhã em Luanda

    (Fotografia: Mota Ambrósio)
    (Fotografia: Mota Ambrósio)

    O novo ministro português da Economia, António Pires de Lima, que tomou posse no mês passado, substituindo Álvaro Santos Pereira, chega amanhã a Luanda, na sua primeira viagem oficial ao exterior.

    A agenda da internacionalização das empresas portuguesas está no centro da escolha de Angola e Moçambique para a primeira visita de Pires de Lima, cerca de um mês depois de ter assumido a pasta da Economia.
    Angola é um importante parceiro comercial de Portugal, enquanto destino das exportações portuguesas, posicionando-se em quarto lugar no ranking de clientes, com 6,6 por cento das exportações em 2012, mantendo a primazia entre os países fora do espaço da União Europeia, de acordo com dadospublicados recentemente pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
    Na qualidade de fornecedor, as quotas de Angola são mais modestas, ultrapassando, em 2011, pela primeira vez, a barreira dos 3 por cento, ocupando a sexta posição do ranking. No contexto dos países africanos de língua oficial portuguesa, Angola ocupa a primeira posição como cliente e enquanto fornecedor de Portugal.
    As importações de Angola aumentaram consideravelmente até 2008, quando atingiram perto de 2,3 mil milhões de euros, tendo ocorrido em 2009 uma ligeira redução face ao ano anterior, situação que se acentuou em 2010, com uma queda de 16,6 por cento.
    As exportações para Portugal são determinadas pelas aquisições de petróleo, tendo-se verificado um crescimento médio anual de 92,6 por cento no período compreendido entre 2008 e 2012. Neste último ano, as exportações alcançaram cerca de 1,8 mil milhões de euros (mais que triplicando o montante registado em 2010), o valor mais elevado do período.
    Pires de Lima tem encontros políticos e institucionais de “alto nível” e segue, no dia seguinte, para Maputo, onde espera “transmitir às empresas portuguesas um sinal do interesse que o Governo português coloca na agenda de internacionalização”.Na próxima sexta-feira é celebrado o dia de Portugal na Feira Internacional de Maputo, com várias iniciativas, entre as quais um seminário sobre o tema “A Caminho da Internacionalização”, que deve contar com a presença do ministro da Economia .
    O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, marca também presença na feira que é inaugurada hoje pelo presidente moçambicano, Armando Guebuza.Angola e Moçambique são duas economias que se estão a afirmar na rota do comércio internacional das suas empresas e Portugal tem um crescente interesse para as trocas bilaterais. No mês passado, o então ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, esteve em Angola e com as autoridades angolanas, discutiu o reforço do interesse dos dois governos em cooperar nas áreas da energia, no âmbito, das concessões de gás e petróleo”.

    Protocolos

    Da visita do anterior ministro da Economia ficou concertado o estabelecimento de protocolos nas áreas da energia, mapeamento e cartografia de Angola, recursos minerais e geológicos. Além das trocas comerciais, em que Portugal é o primeiro parceiro, vendedor de bens e serviços, Angola é o quarto mercado para as exportações portuguesas, a­lém de haver igualmente o cruzamento de investimentos. Santos Pereira destacou, na sua visita a Luanda, o interesse na concretização do reforço dos investimentos portugueses na área da agricultura.
    Ainda no mês passado, José Pedro Aguiar-Branco, então ministro da Defesa, assinou três acordos de cooperação nas áreas da Indústria e da Defesa. Portugal propôs ao governo angolano a construção conjunta de navios de guerra, um projecto na área das telecomunicações e ainda a criação de um centro de treinos para as Forças Armadas.
    No princípio deste mês, os ministros da Saúde de Portugal e Angola assinaram um memorando de entendimento para fortalecer a cooperação em áreas como a formação de profissionais, emergência médica, o licenciamento de medicamentos, a transplantação e a oncologia, entre outras.
    O documento foi assinado após uma visita de três dias a Lisboa, Porto e Coimbra do ministro da Saúde, José Van-Dúnem, a convite do Governo português.
    “Aqui em Portugal encontrámos, no domínio da Saúde, muitas áreas que podem ser úteis para o esforço de acelerar o surgimento de resultados que nós pretendemos no nosso país”, disse o ministro José Van-Dúnem, sublinhando que “se se quer ter resultados rapidamente, não vale a pena estar a inventar; temos de procurar soluções em quem já fez bem”. (jorgedsmonteiro.com)

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