Falando ontem (segunda-feira) no acto que marcou as comemorações do trigésimo quinto aniversário da criação da Polícia de Guarda Fronteiras de Angola, o superintendente Lourenço Filipe Dea, comandante da 1ª. Unidade daquele órgão operativo do Minint localizado no Ntó, zona sul de Cabinda, disse que ‘ nenhum país é soberano enquanto não tiver as suas fronteiras protegidas “.
Para tal, disse que a PGFA em Cabinda continua firme nas suas acções que visam a inviolabilidade das fronteiras da região, combatendo a imigração ilegal, tráfego ilegal de mercadorias e do contrabando de combustíveis.
Sublinhou no entanto que deste número de casos de violações registados neste período, 34 são de fronteira fluvial, três de marítima, 35 de tráfego de combustíveis, seis de tráfego de droga (liamba), 11 de auxílio a imigração ilegal e 10 de fuga ao fisco.
O comandante da policia de Guarda Fronteiras em Cabinda indicou ainda que durante as operações realizadas neste mesmo período, foram detidos 2 mil e 057 cidadãos de nacionalidade diversa com destaque para os da RDC para além de terem sido apreendidos, 270 mil e 395 litros de combustíveis diversos.
Louvou a colaboração permanente das autoridades tradicionais da região que têm entidades de muita valência na denúncia dos actos e práticas ilícitas decorrentes ao longo da fronteira protagonizados por imigrantes ilegais.
Indicou ainda que no combate a imigração ilegal, os efectivos da PGFA tem vindo a realizar serviços operativos de natureza diversa com vista a desencorajar os intentos dos agentes delituosos e outros, concretamente nos teatros de operações afectos aos postos de guarda de fronteiras das zonas Leste e Sul da província, dado as características que o terreno apresenta, associado a existência de aldeias em ambos lados.
“A par disso, os estudos tem se feito com profundidade tendo em atenção os modus operandi que os emigrantes ilegais utilizam para cumprir com os seus planos “, disse.
Como preocupações da primeira Unidade da Policia de Guarda Fronteiras em Cabinda, Lourenço Filipe Dea, frisou que as mesmas consistem na falta de picadas para permitir as patrulhas auto e apeadas em toda a faixa da fronteira, bem como a falta de botes para o patrulhamento fluvial tendo em conta os 100 kms de fronteira através do rio Chiloango, assim como a Lagoa de Manenga na comuna de Massabi.
Os meios técnicos para o patrulhamento dos 103 kms da costa marítima da província para a cobertura das 12 milhas náuticas sob responsabilidade da PGFA no âmbito da “Operação Tubarão”, são igualmente preocupações que inquietam o comando daquela unidade no combate não só a imigração ilegal como também do contrabando de mercadorias.
(portalangop.co.ao)