Os inspetores das Nações Unidas encontravam-se já a caminho do local do alegado ataque com armas químicas, a 21 de agosto, depois de ter obtido autorização do regime. Uma autorização que os países ocidentais dizem ter chegado muito tarde, numa altura em que estudam uma eventual resposta militar na Síria.
O Presidente sírio, Bashar al-Assad disse em entrevista ao jornal russo Izvestia que as acusações do ocidente de que usou armas químicas são um “insulto ao bom senso” e advertiu os EUA para um fracasso se atacarem o seu país.
“Os comentários feitos por políticos nos países ocidentais e outros são um insulto ao bom senso (…) É um absurdo”, disse Assad na entrevista hoje publicada.
Por outro lado o líder sírio garantiu que os Estados Unidos irão fracassar se atacarem a Síria, tal como, explicou, fracassaram em todas as guerras que travaram “desde o Vietname até aos nossos dias”.
O chefe da diplomacia britânica, William Hague, afirmou que é “possível” responder ao uso de armas químicas na Síria sem consenso no Conselho de Segurança. A reação ocidental será decidida “nos próximos dias”, indicou o seu homólogo francês, Laurent Fabius, garantido que não foi tomada ainda qualquer decisão.
A Turquia disse estar disponível para participar numa coligação internacional contra a Síria, mesmo que não haja consenso da ONU nesse sentido. “Se uma coligação for formada contra a Síria depois deste processo, a Turquia fará parte dela”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davatoglu. (dn.pt)