
Luanda – A chefe de repartição de saúde, do distrito urbano do Sambizanga, em Luanda, Margarida Pires, defendeu hoje, a criação de políticas tendentes a ocupar mais, os tempos livres das raparigas, no sentido de se retardar a actividade sexual das jovens, e desta forma se evitar a gravidez precoce.
De acordo com a médica que não precisou números, as unidades hospitalares locais têm assistido muitas menores de idade em estado de gestação, algumas das quais obrigadas a serem transferidas para maternidade com melhores capacidades, devido ao estado débil em que se encontram.
Segundo Margarida Pires não basta que as meninas estudem, mas é necessário serem enquadradas em centros de formação profissionais ou de artes e ofícios, sem se esquecerem da igreja, de forma a estarem mais ocupadas.
Pelo facto de se registarem muitos casos de gravidez precoce, a repartição de saúde do Sambizanga tem intensificado a sensibilização às mães, no sentido destas conversarem mais com seus filhos sem tabus, sobre questões sexuais.
Os técnicos da saúde local tem aconselhado as mães adolescentes, no sentido de aderirem ao planeamento familiar, por forma a evitarem mais erros que possam inviabilizar o seu normal desenvolvimento físico, social e emocional.
Disse que é importante explicar às meninas sobre as consequências de uma gravidez precoce na adolescência, tais como abandono escolar precoce, habilitações literárias insuficientes, emprego precário, ou seja, com baixo salário, diminuindo a sua qualidade de vida, depressão e necessidade de apoio psicológico.
Uma criança grávida, pode ainda passar directamente da infância para a fase adulta, sem parar na adolescência, que é a fase de maior desenvolvimento.
Para si, a globalização está na base de comportamentos desviantes das meninas, aos mesmo tempo que sugere ao executivo, a criação de programas específicos e funcionais, para a ocupação dos tempos livres das jovens e aos pais, incentivá-las a frequentarem a igreja. (portalangop.co.ao)