Amanda Marie Berry (à esquerda) e Georgina Lynn DeJesus (à direita) numa fotografia cedida pelo FBI à agência Reuters. Na casa de Cleveland foi ainda encontrada uma terceira mulher, identificada como Michelle Knight Fotografia © Reuters
Um vizinho viu uma das mulheres – identificada como Amanda Berry – a gritar e a tentar sair da casa.
“Eu ouvi gritos … e vi uma jovem enfurecida a tentar sair para fora de casa”, contou Charles Ramsey, um vizinho que encontrou as mulheres, explicou o Charles Ramsey a uma filial da estação ABC.
Depois, contou, foi à varanda e recebeu um pedido de ajuda tendo conseguido retirar a mulher, que carregava uma criança. A família de Berry confirmou já entretanto que a criança é filha dela e nasceu durante estes anos de cativeiro.
A polícia chegou ao local pouco depois tendo descoberto outras duas mulheres.
As três mulheres – Amanda Berry, Gina DeJesus e Michele Knight – estão, segundo a a polícia de Cleveland citada pela agência AFP, de boa saúde.
A polícia deteve entretanto três homens em relação com o caso. “A divisão da polícia de Cleveland confirma que existem neste momento três suspeitos sob detenção. Todos são de origem hispânica com idades entre os 50 e os 54 anos”, refere uma mensagem policial colocada na página oficial da rede social do Facebook daquela corporação. O principal suspeito tem 52 anos e é de origem latio-americana, segundo os media norte-americanos
Amanda Berry foi vista pela última vez às 07:40 locais de 21 de abril de 2003 após sair do trabalho num restaurante de fast-food localizado a poucos quarteirões de sua casa. Tinha na altura 16 anos.
Já Gina DeJesus tinha 14 anos quando desapareceu quando caminhava da escola para casa a 02 de abril de 2004 tendo sido vista pela última vez junto a uma cabine telefónica entre as 14:45 e as 15:00.
Michele Knight, por seu lado, tinha já 21 anos quando despareceu em 2002 depois de perder a custódio do filho. A sua mãe, porém, diz nunca ter acreditado que esse desgosto tivesse sido o motivo de desaparecimento da filha e, por isso, nunca desistiu de a procurar. Mesmo quando a polícia o parece ter feito.
Os vizinhos do principal suspeito detido estão incrédulos e o presidente da câmara de Cleveland, Franck Johnson, indicou, em comunicado, que há ainda “muitas perguntas por responder” sobre este caso, que deve ser investigado em profundidade. A polícia convocou uma conferência da imprensa para as 09.00 (14.00 em Angola).
(lusa.pt)