A explosão ocorreu numa zona tribal de Kurram, próximo da fronteira com o Afeganistão, durante o comício de um candidato local da Jamaat-e-Ulema-e-Islam de Fazlur Rehman (JUI-F), coligação, maioritariamente laica, no poder em Islamabad.
“Há pelo menos 14 mortos confirmados e 56 feridos, muitos dos quais estão em estado crítico. O balanço pode, por isso, aumentar”, disse à agência France Presse um alto funcionário da região.
O candidato Munir Khan Orakzai escapou ileso, mas um candidato de uma circunscrição vizinha, que assistia ao comício, Ain ud-Din Shakir, ficou ferido, segundo uma nota do gabinete do primeiro-ministro paquistanês.
De acordo com a AFP, pelo menos 80 pessoas foram mortas desde 11 de abril em atentados ligados à campanha para as eleições legislativas de 11 de maio.
Os talibãs paquistaneses do TTP – um grupo islâmico armado hostil à realização das eleições, que considera “não islâmicas”, e aos partidos laicos – reivindicaram grande parte dos ataques, ocorridos essencialmente em Karashi (sul) e Peshawar (norte).
Os ataques limitaram a capacidade de muitos partidos, sobretudo os laicos, de fazerem campanha no terreno e poderão ter impacto na participação num escrutínio considerado chave para a consolidação da democracia no Paquistão, país com 180 milhões de habitantes.
(lusa.pt)