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    Aldina da Lomba em Nova Orleães

     Fotografia: JA

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    A governadora de Cabinda, Aldina da Lomba realçou os laços culturais que ligam Angola e os Estados Unidos, sublinhando que, apesar do estabelecimento das relações diplomáticas ter acontecido há 20 anos, as relações económicas e culturais entre os dois países datam de há muitos séculos, com a chegada dos primeiros escravos angolanos ao território que constitui hoje os EUA.
    Os esforços e sacrifícios dos escravos angolanos, disse, contribuíram para o surgimento da actual nação norte-americana. De acordo com Aldina da Lomba, há estudos que concluem que os primeiros escravos oriundos de Angola se fixaram no estado de Louisiana e em Nova Orleães, em particular, onde a diversidade cultural pode ser facilmente observada através dos seus hábitos alimentares, música, dança, diversas crenças religiosas e modo generalizado de estar.
    Outro facto que reforça os laços culturais e económicos entre os dois povos é a presença de uma significativa comunidade angolana na Louisiana, assim como a existência de inúmeras empresas petrolíferas com sede em Nova Orleães e que operam em Angola, em particular na província de Cabinda.
    Aldina da Lomba, analisou na quinta-feira com o presidente da Câmara de Nova Orleães, Mitchell Landrieu, questões relacionadas com a geminação do município de Cacongo e esta cidade do estado norte-americano de Louisiana. A possibilidade de geminação surgiu durante um encontro bilateral realizado à margem do Fórum Económico e Cultural Mundial e do Conselho e Conferência Anual dos Autarcas dos Estados Unidos, onde participa desde quarta-feira.
    Os dois interlocutores passaram em revista as semelhanças que caracterizam as regiões de Cacongo e de Nova Orleães e que favorecem a geminação entre ambas. Os tópicos da discussão entre os dois governantes centraram-se na cooperação bilateral entre as duas localidades, as potencialidades socioeconómicas, culturais e turísticas das regiões e a possibilidade de trocas comerciais. Além das potencialidades petrolíferas do município e da província de Cabinda no seu todo, Cacongo oferece ainda um grande potencial agrícola, com predomínio do cultivo da mandioca e banana. A governadora, que se fez acompanhar da cônsul-geral de Angola em Houston, Júlia Machado, e de diplomatas angolanos, destacou ainda outras actividades económicas do município, como a pesca, a exploração florestal e de minérios, como o cálcio, ouro, fosfato, diamantes e urânio.
    À semelhança de Cacongo, a economia da cidade de Nova Orleães, que detém o centro portuário mais movimentado dos EUA, está centrada na exploração petrolífera e pesca, e é conhecida pelo seu legado multicultural, com influência francesa, espanhola e afro-americana, assim como pela sua música e culinária.
    O presidente da Câmara, Mitchell Landrieu, manifestou o seu interesse em visitar a província de Cabinda, em particular o município de Cacongo, aguardando apenas o convite formal das autoridades angolanas.
    A cerimónia de abertura do Fórum Económico e Cultural Mundial e do Conselho e Conferência Anual dos Autarcas dos Estados Unidos foi marcada pela celebração dos 20 anos das relações diplomáticas entre Angola e os EUA, que se assinalam a 19 de Maio.

    (jornaldeangola.com)

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