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    Google “reconhece” a Palestina

    Fotografia © D.R.
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    Os Territórios Palestinianos passaram a ser Palestina na página do Google dedicada a esta zona do mundo desde o dia 1 de maio. Assim, ao escrever www.google.ps surge uma designação em árabe, que se lê Falestine e que em inglês aparece traduzida como Palestine, ou seja, Palestina em português.

    Tal designação é alvo de disputa política entre palestinianos e israelitas, não tendo ainda sido alcançado um acordo sobre o estatuto final da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental.
    Em novembro de 2012, as Nações Unidas deram à Palestina o estatuto de “estado observador não-membro”. Com a oposição de Israel e dos Estados Unidos. Antes desta decisão a Organização de Libertação da Palestina (OLP) tinha apenas estatuto de “observador permanente”.
    Ouvido hoje pela BBC, um porta-voz da Google, Nathan Tyler, disse: “Estamos a mudar o nome ‘Territórios Palestinianos’ para ‘Palestina’ entre todos os nosso produtos. Consultamos várias fontes e autoridades quando nomeamos os países. Neste caso estamos a seguir a orientação da ONU, do Icann (Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), do ISO (Organização Internacional para Padronização) e de outras organizações internacionais”.
    A decisão da Google surge numa altura em que o conflito israelo-palestiniano parece não ter solução à vista. E a isso acresce o facto de haver um controlo diferente em várias partes dos territórios palestinianos: a Fatah controla a Cisjordânia e o Hamas controla a Faixa de Gaza.
    O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Yigal Palmor, já lamentou esta decisão da Google. “Esta mudança levanta questões sobre as razões por detrás deste surpreendente envolvimento na política internacional por parte de uma empresa de internet privada e de uma maneira controversa”, declarou o representante israelita à AFP.
    Já o conselheiro do presidente palestiniano Mahmud Abbas para a área das telecomunicações e internet saudou “este passo na direção certa” e afirmou acreditar que “é um resultado da votação na ONU”. Ouvido pela mesma agência, Sabri Saidam acrescentou ainda: “Esperamos que o Google maps mostre também os territórios palestinianos confiscados pelos colonatos israelitas”. Ler mais

    (dn.pt)

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