D.R
Frente a milhares de manifestantes na alameda, depois da marcha do 1.º de Maio, Arménio Carlos garantiu que a “luta continua e que terá no dia 30 de maio, um dia de protesto em todo o país, nos locais de trabalho dos setores privado e público, contra o roubo dos feriados e o trabalho gratuito”.
Este dia do trabalhador foi caracterizado por Arménio Carlos como um dos “maiores de sempre”.
Segundo as informações recebidas “de 50 localidades em todo o continente e ilhas”, o dirigente considerou ser um “enorme primeiro de maio”. “Um dos maiores de sempre de todos os anos”, considerou.
No seu discurso, frente à fonte luminosa da alameda, Arménio Carlos garantiu estar “na hora deste Governo ir embora”.
“Este é um 1.º de Maio que se realiza num crescendo de lutas nas empresas e nas ruas”, disse, frente a milhares de manifestantes.
O dirigente da CGTP afirmou ser necessário recuar a tempos que se julgavam em “definitivo ultrapassados” para se encontrar “níveis de pobreza e de miséria, de desemprego e baixos salários, de roubo do presente e negação do futuro” como os atuais.
A CGTP pediu “pudor” e criticou a afirmação de que “esta política é o resultado de termos vivido todos acima das nossas possibilidades”.
“Eles são os Belmiros, os Amorins, os Soares dos Santos e tantos outros, que auferem num ano, aquilo que a esmagadora maioria da população nunca receberá numa vida de trabalho”, disse.
Arménio Carlos questionou os anúncios do Governo sobre crescimento e garantiu que “por mais que o queiram negar esconder, Portugal aproxima se vertiginosamente da realidade grega”.
Outro dos apelos deixado neste 1.º de maio foi “haja vergonha” e “faça-se justiça”.
Neste discurso na alameda, foi ainda recusado por Arménio Carlos que haja trabalhadores a mais na Administração Pública” e garantiu que vão existir “novos cortes” no Serviço Nacional de Saúde.
As questões da Segurança Social e da Educação também foram abordadas para o dirigente concluir que o “nível da degradação a que esta política conduz” os portugueses é “gigantesco”.
“Exigimos a mudança de política e de Governo”, pediu, referindo ser possível reduzir na “despesa parasitária nos juros da dívida” e “renegociar a dívida pública”, bem como “alargar os prazos para a redução do défice”.
“Os mais de 27 mil novos trabalhadores sindicalizados no último ano confirmam que é possível crescer ainda mais fortes e com mais intervenção nos locais de trabalho”, assegurou.
Para o dia 25 de maio está marcada uma concentração em Belém, Lisboa, contra a “exploração e o empobrecimento, pela demissão do Governo e a realização de eleições”
Depois do discurso foi aprovada uma resolução sob o tema “contra o empobrecimento, uma vida melhor, mudar de política e de Governo”.
(lusa.pt)