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    Marques Mendes: PSD deve “ter coragem” de culpar ex-Governo pela troika

    (LUSA)
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    O antigo presidente social-democrata Marques Mendes defendeu na terça-feira que o PSD deve “ter a coragem” de dizer mais vezes que “a maior falha” foi cometida pelo anterior Governo, que “lançou o país na bancarrota e meteu cá a troika”.

    “A falha maior cometida no País foi do anterior Governo, que lançou o País na bancarrota e meteu a troika cá dentro. O PSD muitas vezes não faz esta parte de combate político, e devia fazer”, afirmou Luís Marques Mendes, na terça-feira à noite, na apresentação da candidatura laranja à Câmara de Almada.

    Dirigindo-se ao candidato, António Neves, actual presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica, o ex-presidente do PSD afirmou que a campanha para as autárquicas será difícil, “sobretudo para quem é laranjinha”.

    “Vai ouvir os adversários, sobretudo do PS, a dizer que o Governo está no caminho errado, só comete erros, que é preciso mudar de rumo, como diz António José Seguro e outros, com aquele ar de convicção”, disse, acrescentando, em jeito de conselho: “Não tenha problema em virar-se para essa gente e admitir que é verdade que cometemos erros. Da mesma forma séria como se pode e deve reconhecer as falhas e erros que são cometidos, é preciso ter a coragem de dizer que o país entrou na bancarrota e estava no limite de não ter dinheiro para pagar salários e pensões” com o Governo de José Sócrates.

    Num jantar com cerca de 300 apoiantes, segundo a organização, Marques Mendes deixou sugestões ao candidato social-democrata: que “não faça grandes promessas, porque a política está muito, muito desacreditada”, mas que baseie a campanha “no exemplo de autarca na Caparica”.

    Por outro lado, deve ser “genuíno” e não “politicamente correto, porque as pessoas estão fartas disso”, recomendou, apelando ainda a António Neves que não prometa “grandes obras físicas”, mas que se “preocupe com o desenvolvimento e em criar condições para atrair empresas”.

    Marques Mendes lembrou que, com a saída de “uma dinossaura”, há “um novo ciclo que se abre”. A presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa (CDU), não se pode recandidatar por ter excedido o limite de mandatos.

    “Temos de destruir o mito da invencibilidade da coligação que governa a Câmara”, defendeu António Neves.

    Na sua intervenção, o candidato procurou apelar ao voto e contrariar a abstenção, que nas últimas autárquicas foi de 51,7% no concelho.

    “Só 20% dos almadenses” elegeram a CDU, disse, referindo que “mais de 50% não votaram nas autárquicas, e dos que votaram 80% não votaram na actual coligação”, sustentou.

    Para António Neves, “os sinais de descontentamento são cada vez mais visíveis, mas o imobilismo e a abstenção nada resolvem”.

    Almada, acrescentou, é um “concelho que grita a plenos pulmões que não está em crise e que paga a tempo e horas, mas de que serve isso se somos um dos concelhos com mais barracas, cheio de pobres, avançado, mas só na urbe?”.

    No lançamento da candidatura de António Neves estiveram presentes o secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, e o antigo presidente da Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues. (noticiasaominuto.com)

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